Fundação de Spielberg faz documentário sobre massacre do 7 de outubro
24/01/2024A Fundação Shoah lança projeto para documentar a ‘barbárie indescritível’ de 7 de outubro. De fato, 130 depoimentos já foram recolhidos até agora de sobreviventes do massacre do Hamas para adicionar ao levantamento de testemunhos do Holocausto.
O criador da Fundação, Steven Spielberg lamenta: O antissemitismo está novamente “orgulhoso”.
Em uma entrevista ao New York Times em 2018, Spielberg contou:
“Minha avó ensinou inglês para sobreviventes húngaros do Holocausto em Cincinnati. Eu tinha 2 ou 3 anos e sentava-me com eles à mesa. Foi aí que aprendi os meus números. Foi assim que aprendi a contar.”
Spielberg relata também:
“Encontrei o antissemitismo quando era estudante do ensino fundamental na minha escola, não em toda a escola, mas em pequenas partes de crianças populares que perseguiam crianças menos populares.”
Após ter filmado um dos melhores filmes do século XX sobre o Holocausto, “A Lista de Schindler”, o cineasta fundou a Shoah Foundation, registrando milhares de histórias que os sobreviventes testemunharam em seus anos de terror.
Após o massacre de 07/10, Spielberg declarou:
“Nunca imaginei que veria uma barbárie tão indescritível contra os judeus durante a minha vida.”
Falando à Fox News sobre o esforço para o projeto sobre o massacre, Spielberg expressou choque com a violência perpetrada pelos terroristas do Hamas contra os israelenses, juntamente com a onda de antissemitismo em todo o mundo nos últimos dois meses.
“Acho isso muito, muito assustador, porque o antissemitismo sempre existiu. Ou esteve ao virar a esquina e ligeiramente fora de vista, mas sempre à espreita, ou tem sido muito mais evidente, como a Alemanha nos anos 30. Mas desde a Alemanha dos anos 30 que não testemunhei o antissemitismo já não à espreita, mas orgulhoso com as mãos na cintura como Hitler e Mussolini”, disse Spielberg.
A Fundação Shoah está agora colaborando com equipes de produção em Israel para recolher relatos de testemunhas dos massacres de 7 de Outubro, quando quase 3.000 terroristas mataram, queimaram, decapitaram, mutilaram e estupraram mais de 1.200 pessoas, a maioria deles civis e fazendo mais de 240 reféns.
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