Santos

Santos homenageia imigrantes japoneses com atrações e resgate da história

16/06/2023
Divulgação

A cidade de Santos é o marco-zero da história dos japoneses no Brasil. Há 115 anos, em 17 de junho de 1908, os primeiros 781 imigrantes pisaram nas terras tupiniquins desembarcando do navio Kasato Maru justamente pelo Porto de Santos. Aqui, os imigrantes desempenharam trabalhos no porto, pesca e horticultura.

Além disso, os japoneses contribuíram muito para a cultura do Brasil com esportes como o judô (introduzido no país pelo mestre Mitsuyo Maeda, naturalizado Otávio Maeda) e caratê, comidas como broto de feijão, caqui e rabanete e também trazendo toda a cultura pop de animes, mangás, cosplays e jogos.

Em homenagem a esses trabalhadores, a Cidade preparou uma programação ampla com atrações distribuídas pelo Centro Histórico, Orla e na Associação Japonesa de Santos (Confira a agenda). Além disso, haverá uma experiência digital em destaque no Novo Quebra-Mar: o navio Kasato Maru em 3D.

Para ter acesso à experiência é muito fácil, basta baixar o aplicativo e apontar a câmera para o QR Code e o modelo do navio em tamanho real irá aparecer na sua tela. O jornalista e pesquisador Sergio Willians colaborou com a empresa Criando Valor para desenvolver o app em parceria com a Prefeitura e destaca as experiências proporcionadas. “São duas experiências no Novo Quebra-Mar ligadas ao Kasato Maru com versões em Português, Inglês e Japonês”.

A outra experiência no Quebra-Mar ocorre na Praça das Gerações. O usuário poderá ter acesso a uma maquete digital com realidade aumentada onde será possível ver o Kasato Maru atracando no Armazém XVIII com detalhes e diversos ângulos.

O app também permite acessar as informações completas dos principais equipamentos do Parque Roberto Mário Santini. Basta clicar nos pontos indicados com a letra ‘i’ em cada atração.

Um pouco de história

O acordo migratório entre Brasil e Japão buscava trazer mais mão-de-obra para os cafezais brasileiros em troca, a emigração dos nipônicos iria aliviar a tensão social no país do sol nascente.  Entretanto, os imigrantes japoneses não permaneceram nas fazendas da capital devido às condições de trabalho e acabaram retornando para o litoral paulista.

Dois anos depois, em 1910, mais um navio chegou ao Porto. O Ryojun Maru trouxe mais 906 trabalhadores que foram contratados por fazendas e sofreram com os mesmos problemas anteriores.

Daí pra frente, em cerca de 5 anos, os japoneses já estavam estabelecidos no país com colônias no Paraná e Minas Gerais. Em 1914, o número de trabalhadores japoneses no Estado de São Paulo já atingia os 10 mil, infelizmente, esses trabalhadores viviam em condições terríveis, dessa forma, a Companhia da Imigração deixou de subsidiar as passagens do Japão para o Brasil.

Programação

  • Sábado (17), das 14h às 15h30 – exibição do documentário ‘Okinawa Santos’. • Museu Pelé (Largo Marquês de Monte Alegre, 1, Valongo)
  • Domingo (18), 9h – deposição de flores no túmulo de Sakae Mine. • Cemitério do Paquetá (Rua Doutor Cochrane s/nº, Paquetá)
  • Domingo (18), 10h – deposição de flores no Monumento do Imigrante Japonês e no Monumento 18 de Junho. • Novo Quebra-Mar, José Menino
  • Dia 8 de julho (sábado), das 16h às 18h – exibição e debate do documentário ‘Onde as Ondas Quebram’.  • Associação Japonesa de Santos (Rua Paraná, 129, Vila Mathias)
  • Até 18 de julho – Exposição de fotos ‘115 anos Imigração Japonesa Santos-Brasil’ • Outeiro de Santa Catarina (Rua Visconde do Rio Branco, 48, Centro)