Alergia não é frescura e pode levar à morte
Espirros, coceiras e enjoos são sinais que podem indicar a existência de uma alergia.
Alergia é uma resposta exagerada e excessiva do sistema imunológico contra substâncias diversas que entram em contato com o organismo.
Uma reação alérgica causa sensação de desconforto e, em casos severos, como a alergia alimentar, pode levar à morte. O assunto é tão preocupante que levou à criação do Dia Nacional de Prevenção da Alergia, instituído em 7 de maio, para chamar a atenção para o tema. Existem diversos tipos de alergia.
Alergia Respiratória
São causadas por substâncias que entram no corpo pelo nariz ou pela boca e que o sistema imunológico identifica como perigosas. Isso pode levar a uma reação alérgica que causa inflamação nas vias respiratórias, levando a pessoa a uma crise de espirros, tosse, coriza e congestão nasal. Os alérgenos respiratórios mais comuns incluem pólen, ácaros, pelos de animais e mofo. A Organização Mundial da Alergia (na sigla em inglês, WAO) estima que, no mundo, 400 milhões de pessoas sofrem desse problema.
Alergia Alimentar
Ocorre quando o sistema imunológico do corpo reage de forma anormal a um alimento específico. Os sintomas de alergia alimentar podem variar de leves a graves, incluindo urticária, inchaço dos lábios e língua, coceira, problemas respiratórios e, em casos graves, anafilaxia (choque anafilático). Os alérgenos alimentares mais comuns incluem nozes, amendoim, leite, ovos, trigo, soja, frutos do mar e peixe.
Alergia na pele
Uma alergia cutânea, também conhecida como dermatite alérgica, é uma reação alérgica da pele a uma substância específica. Os sintomas podem incluir vermelhidão, coceira, bolhas, inchaço e descamação da pele. Alguns dos alérgenos cutâneos mais comuns incluem produtos químicos, como detergentes, perfumes e corantes.
Alergia a Medicamentos
Uma alergia a medicamentos ocorre quando o sistema imunológico reage de forma anormal a um medicamento específico. Os sintomas podem incluir urticária, inchaço, vermelhidão, coceira e problemas respiratórios. Em casos graves, pode ocorrer anafilaxia. Alguns dos medicamentos mais comuns que podem causar alergias incluem antibióticos, anti-inflamatórios e medicamentos para pressão arterial.
Alergia a Insetos
Uma alergia a insetos é uma reação alérgica a picadas ou mordidas de insetos. Os sintomas podem incluir vermelhidão, inchaço, coceira e dor. Em casos graves, pode ocorrer anafilaxia. Os insetos mais comuns que podem causar alergias incluem abelhas, vespas, formigas e mosquitos.
Como diagnosticar alergia
A melhor maneira de controlar os efeitos de uma alergia é identificar o que causa as crises, a fim de evitar que o paciente tenha contato com este fator desencadeador. Por exemplo, se a pessoa fica com a pele irritada após comer camarão, ou se vomita ou fica com as fezes alteradas após beber leite.
Uma das principais formas de descobrir uma alergia é a anamnese, a avaliação clínica feita pelo médico a partir do histórico do paciente com determinados sintomas. Após a análise deste histórico, caso seja necessário, é feito o diagnóstico clínico, com o auxílio de exames e testes, como:
Exames de sangue: comuns para vários tipos de alergia, avaliam a presença de anticorpos IgE. O sangue é coletado em laboratório e enviado para análise.
Teste cutâneo: é o teste dos patches, pequenos pedaços de adesivo com possíveis substâncias alérgenas que são colados, geralmente, nas costas do paciente, em ambiente hospitalar. O diagnóstico acontece de acordo com a observação das reações durante o dia do exame e nos dias seguintes. Esse teste também pode ser feito com picadas e ranhuras na pele do braço, em que são introduzidas pequenas doses de alérgenos suspeitos e avaliada a reação
Teste de provocação oral: geralmente utilizado para descobrir comidas que causam alergia alimentar. O paciente recebe pequenas doses do alimento suspeito em ambiente hospitalar ou laboratorial, com segurança, que vão aumentando progressivamente
Teste de provocação: é pouco utilizado, mas pode ser eficaz para diagnosticar alergias respiratórias e a medicamentos. Aqui, a substância suspeita é colocada em contato com mucosas como olhos, nariz e boca, e as possíveis reações do organismo do paciente são avaliadas
Descobertas as causas, a melhor coisa a fazer é evitar o contato com os “gatilhos” das reações alérgicas. O médico poderá orientar novos testes de reintrodução (especialmente para crianças) ou então prescrever o que deve ser feito para casos de contato involuntário e novas crises alérgicas.
LEIA TAMBÉM: