Deputado foi eleito presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da Câmara Federal
O deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) foi convidado pelo presidente Lula para integrar a comitiva brasileira que visita a China, entre os dias 26 e 30.
Além de Paulo Alexandre, também foram convidados o presidente da Câmara, Arthur Lyra (PP-AL); o da Frente Parlamentar Brasil-China, Fausto Pinato (PP-SP) e líderes de partidos como PT, PSD, e PCdoB.
Barbosa foi eleito na quarta-feira (15) presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da Câmara dos Deputados, grupo de trabalho que trata de temas delicadas na diplomacia e comércio exterior. Ele também foi escolhido, por unanimidade, presidente da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), do Congresso Nacional, recebendo apoio tanto de bolsonaristas quanto de parlamentares de esquerda.
É a primeira vez que uma liderança política da Baixada Santista preside uma comissão permanente no Legislativo federal.
“O Brasil busca o seu lugar no mundo e um assento à mesa das grandes decisões. Por meio da Diplomacia Parlamentar, esta CREDN contribuirá para que o país seja ouvido pelos demais. Este ano, o Brasil seguirá, por exemplo, como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o principal mecanismo de concentração multilateral. Possuímos uma tradição inegável de contribuições à resolução pacífica dos conflitos e devemos seguir trabalhando nesta direção”, afirmou em seu discurso de posse na comissão.
Paulo Alexandre destacou, ainda, o apoio irrestrito que a CREDN dará ao trabalho dos militares. “No campo da defesa, buscaremos valorizar o papel Constitucional das nossas Forças Armadas, tanto interna como externamente, uma vez que a nossa participação no comando de diferentes missões de paz sob mandato das Nações Unidas, serve de exemplo para todas as demais nações”, adiantou.
Além da discussão em torno da previsibilidade orçamentária, o deputado pretende ampliar o debate da CREDN acerca de temas geopolíticos, como o Atlântico Sul por onde transitam 95% do nosso comércio exterior. Trata-se de um tema econômico-comercial, mas também crucial para a segurança internacional. “Por isso, teremos um olhar especial para o Atlântico, que dialoga com as nossas infraestruturas críticas como portos e aeroportos, que nos comunicam com o resto do mundo levando e trazendo riquezas, mas que também sofrem com as novas ameaças, como a pirataria, o contrabando, o crime organizado e o tráfico de drogas, armas e pessoas”, explicou.
Entre os temas que merecerão as atenções do Colegiado, estão as relações do Brasil com os EUA, o papel da China em nossa economia e na geopolítica global, a presença e atuação do país em mecanismos como o BRICS, o IBAS e o G-20, o acesso à OCDE e a necessidade de modernização do Mercosol. “Precisamos de mais e não menos negócios com o resto do mundo. É o que impactará diretamente na vida da nossa gente, das pessoas comuns, dos pequenos, médios e grandes produtores. As nossas empresas produzem com enorme qualidade, mas de forma cada vez menos competitiva, dados os altos custos internos, e isso não vem de hoje”, advertiu o deputado.
Inteligência
Em 2023, a presidência da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), do Congresso Nacional, será exercida pelo presidente da CREDN. Trata-se de um colegiado com apenas 12 membros – seis deputados e seis senadores – responsável pela fiscalização dos 49 órgãos integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), que tem a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), no seu topo.
Segundo ele, “uma Inteligência de Estado, moderna, equipada e legalmente respaldada, é fundamental para que o Brasil neutralize potenciais ameaças ao seu desenvolvimento. Buscaremos, junto com os demais integrantes da CCAI, trabalhar para oferecer não apenas à ABIN, mas a todos órgãos do SISBIN, as condições necessárias para que as agências de Estado possam prover os nossos decisores, das melhores informações”, assegurou.
Reuniões
Também na quarta-feira (15), Paulo Alexandre solicitou audiências públicas com os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira; da Defesa, José Múcio Monteiro; e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o vice-presidente Geraldo Alckmin.