A nutricionista Henilda Lara orienta sobre a alimentação adequada para hipertensos, diabéticos, obesos e pessoas com colesterol alto, que precisam de indicações orientações nutricionais especiais.
• Hipertensos- Devem limitar o consumo de sódio, presente no sal adicionado aos alimentos e nos alimentos processados e ultraprocessados. Precisam comer mais frutas, verduras e legumes, aumentando o aporte de potássio. Com isso, a pressão arterial será melhor controlada.
• Diabéticos tipo 2- Necessitam controlar a ingestão do açúcar, principalmente na forma de sacarose. Por isso, devem evitar o açúcar branco (refinado), inclusive incorporado nas preparações culinárias, como bolos, tortas e doces caseiros.
• Pessoas com sobrepeso e obesas- Precisam equilibrar a quantidade de alimentos com a de calorias adequadas para o funcionamento do corpo, além de realizar atividades diárias cotidianamente.
• Colesterol alto- Os dislipidêmicos precisam evitar principalmente o consumo de gordura saturada e trans. A gordura saturada está presente nas carnes, pele do frango e queijo, entre outros. A gordura trans está em produtos industrializados como bolachas recheadas, biscoitos, sorvetes, creme de padaria e molhos prontos, entre outros.
Você consome comida de verdade?
Para desmistificar a ideia de que comer de forma adequada e saudável é difícil, elencamos com a ajuda da nutricionista Thaís Neves cinco estratégias simples que podem ser incorporadas no seu dia a dia.
1 – Comece pelo planejamento
Esse é um importante passo para evitar as tentações. Por isso é essencial planejar a alimentação, as compras e o tempo de preparo de acordo com cada rotina para evitar que, por falta de opções ou de organização, sejam consumidos alimentos ultraprocessados. Esse é um passo que também ajuda na economia, já que evita compras desnecessárias e, consequentemente, o desperdício.
2 – Apostar nos estabelecimentos que comercializem produtos in natura
Se você não tem acesso aos produtos ultraprocessados, fica mais difícil de comprar. Por isso, fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados – como feiras, hortifrútis e comércios abastecidos por agricultores da região – também é uma atitude que pode auxiliar nesse processo, assim como cultivá-los em pequenas hortas em casa. Essa etapa também tem uma função social importante, uma vez que fortalece o mercado local e incentiva o pequeno produtor.
3 – Aproveitar os produtos da época
Essa etapa é a consequência da anterior. Se você já está indo às compras em feiras e quitandas, a dica é aproveitar para levar os alimentos que estão no período de safra. Essa é uma escolha que vai te garantir produtos mais baratos, mais saborosos e de maior qualidade.
4 – Cozinhar mais
Colocar a mão na massa é um passo importante para ter sempre comida de verdade na mesa, sem falar que é um hábito econômico e de grande valor afetivo. Cozinhar carrega consigo o potencial de compartilhar, seja durante o preparo ou o consumo.
Por isso, também é uma estratégia saudável desenvolver habilidades culinárias, ou seja: aquelas que envolvem a seleção, pré-preparo, tempero, cozimento, combinação e apresentação dos alimentos, bem como praticar e partilhar essas habilidades e as responsabilidades com os integrantes da família e amigos.
5 – Não se deixar levar pela publicidade
A publicidade dos ultraprocessados é um dos grandes obstáculos da alimentação adequada e saudável, especialmente para as crianças. Ela muitas vezes explora atributos dos produtos industrializados que levam os consumidores ao erro, aumentando as chances de que sejam vistos como boas opções pelas pessoas. “Também é interessante ser crítico quanto às informações sobre alimentação veiculadas pela mídia e procurar fontes confiáveis, e quando fora de casa preferir locais que sirvam refeições caseiras e feitas na hora”, finaliza Thaís.