Escolher o bem ou o mal compete a cada um. O que nos falta é uma melhor educação. Aquela que tem a ver com a formação do caráter da criatura.
É comum as pessoas justificarem os seus erros, invocando suas precárias condições de vida.
Dizem que foi o desespero que as levou a tomar atitudes equivocadas ou que circunstâncias negativas as fizeram agredir o seu semelhante ou suas propriedades.
Viktor Frankl, um judeu vienense, prisioneiro dos alemães, durante a 2ª. Guerra Mundial, escreveu:
“Nós que vivemos em campos de concentração podemos lembrar dos homens que andavam pelos alojamentos confortando os outros, distribuindo seus últimos pedaços de pão. Talvez eles tenham sido poucos. Mas são prova suficiente de que tudo pode ser retirado de um homem. Menos uma coisa, a última das liberdades humanas – escolher que atitude tomar em quaisquer circunstâncias, escolher o seu próprio caminho”.
[com base em textos de Augusto Cury, Jack Canfield e Mark Hansen e na Red. do Momento Espírita]
Portanto, escolher o bem ou o mal compete a cada um. O que nos falta é uma melhor educação. Aquela que tem a ver com a formação do caráter da criatura.
Para isso precisamos de pais conscientes, que ensinem verdadeiros valores a seus filhos. Que lhes digam que é nobre dizer a verdade, mesmo que isso não os credencie a receber algum prêmio ou compensação.
Pais que não desejem dar o mundo aos seus filhos, mas que queiram lhes abrir o livro da vida.
Pais presentes que desenvolvam em seus filhos: autoestima, capacidade de trabalhar perdas e frustrações, filtrar estímulos estressantes, dialogar e ouvir.
Pais que tenham tempo, mesmo que seja muito curto.
Pais que não se preocupem somente com festas de aniversário, tênis, roupas, produtos eletrônicos. Também em dialogar.
Pais que sabem que não devem atender todos os desejos dos seus filhos, porque isso os tornará fracos, dependentes.
Pais que deem o que todo o dinheiro do mundo não pode comprar: o seu amor, as suas experiências, as suas lágrimas e o seu tempo.
Em síntese: um autêntico processo de educação, no qual o filho aprende que amar é o maior dos tesouros.
E não se tornará infeliz porque não tem a roupa de grife, ou não conseguiu viajar ao exterior, nas férias.
Alguém que reconhece a grande diferença entre ter coisas e ser uma pessoa útil à comunidade.
Nossos filhos não precisam de um super-homem, de um executivo bem sucedido, de um empresário muito rico.
Para eles não importa se somos engenheiro, médico, advogado…
Importa, sim, o ser humano que somos e que os ensinará a ser.
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