Enquanto em outros países como a Espanha há 40 doadores de órgãos para cada milhão de habitantes, no Brasil este índice é de apenas a metade. Consequência disso é uma fila de 50 mil pessoas esperando por um transplante.
Este baixo número de doadores de órgãos e tecidos humanos se deve em grande parte pela falta de informações sobre o assunto. Com o objetivo de conscientizar a população acontece este mês a campanha Setembro Verde. Em Santos, será realizada uma série de atividades, que incluem palestras, caminhadas e exibição de filmes.
Um único doador pode salvar a vida de mais de 20 pessoas. Podem ser transplantados órgãos e tecidos como coração, fígado, pâncreas, pulmões, rins, córneas, vasos sanguíneos, ossos, cartilagens, tendões, pele, estômago e intestino.
Existem dois tipos de doadores: o recém-falecido e vivos. No primeiro caso, a retirada de órgãos e tecidos só ocorre quando é verificada a morte encefálica da pessoa e o procedimento não prejudica as cerimônias fúnebres. Quem autoriza a doação é a família, não é preciso que a tenha deixado o seu desejo registrado.
Agilidade
A retirada dos órgãos deve ser feita o mais rápido possível, assim que for constatada a morte encefálica. Existe uma espécie de prazo de validade para o transplante ser feito. O tempo de isquemia é o intervalo de tempo entre a retirada do órgão do doador e o transplante no receptor. Cada órgão tem o seu: coração, 4 horas; pulmão, de 4 a 6 horas; rim, 48 horas; fígado, 12 horas; pâncreas, 12 horas.
A doação em vida só ocorre se o transplante não vai comprometer a saúde do doador. Rim, medula óssea e parte do fígado ou pulmão podem ser doados entre cônjuges ou parentes de até quarto grau com compatibilidade sanguínea. O doador precisa ter mais de 21 anos.