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DataOrla: 16% de mulheres dizem ter sido assediadas no trabalho em Santos

08/07/2022
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O escândalo de assedio sexual no trabalho protagonizado pelo ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, não é tão incomum assim como se pode imaginar. Em Santos, 16% das mulheres dizem ter sofrido assédio no local de trabalho, segundo pesquisa realizada pelo Instituto DataOrla. O problema também atinge os homens, mas em escala bem inferior: 4% dos consultados dizem ter passado pelo problema enquanto trabalhavam.

A pesquisa, de forma presencial, foi realizada entre os últimos dias 5 e 8 e foram ouvidas 800 pessoas (460 mulheres e 360 homens).

O trabalho, coordenado pelo cientista político Jairo Pimentel, diretor do DataOrla, obedeceu a cotas de sexo, idade, escolaridade e regiões da cidade. Foram observados critérios estabelecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos para mais ou para menos, dentro de um intervalo de confiança de 95%.

Poucas vítimas denunciam agressores

Das mulheres que afirmaram terem sido assediadas, apenas 25% disseram ter denunciado o crime. Entre os homens, o número é ainda menor: apenas 9% afirmam ter feito denúncia.

Maioria dos casos acaba em impunidade

O crime de assédio sexual pode resultar em pena de prisão de 1 a 2 anos para o agressor, punição que pode ser aumentada em um terço se a vítima for menor de 18 anos.

Apesar da lei prever punição, a maioria dos casos acaba em impunidade. É o que mostra a pesquisa do Instituto DataOrla.

Das mulheres assediadas no trabalho e que fizeram a denúncia, apenas 13% dizem que o responsável pelo crime sofreu algum tipo de punição.

Entre os homens que dizem ter feito a denúncia, o percentual de punição foi ainda menor: apenas 7%.