Terra & Ar: Minas Gerais – Documentarista traz relatos emocionantes sobre as particularidades do Estado
24/06/2022Motivado pela vontade de conhecer as belezas do estado, Lu Marini sobrevoou Minas Gerais, com seu paramotor, para o novo documentário “Terra & Ar: Minas Gerais”, fazendo um roteiro histórico onde passou por cidades como Tiradentes, Diamantina e São João del Rei.
“Eu conhecia Minas apenas pelo ‘lado ruim’. Eu sobrevoei Mariana logo após o desastre e fiz um documentário, isso me motivou a buscar conhecer as belezas do estado. Eu tinha essa necessidade de conhecer este outro lado de um estado rico que conta uma parte da história do Brasil”, afirma.
O documentarista destaca a recepção que teve do povo mineiro que, segundo ele, sempre foram extremamente carinhosos. Marini conta uma história de quando pousou em uma fazenda produtora de cachaça que está na ativa desde 1700, passando de geração em geração a receita da bebida.
“Isso é um pouco do que eu conheci lá, além das histórias que historiadores que conversei contaram e me explicaram, como o ciclo do ouro. Foi uma aula de história bem interessante”, completa.
Outros causos e expedições
Marini carrega a vontade de voar desde a infância e aprendeu a pilotar em São Vicente. Em sua primeira expedição, ele sobrevoou o Atlântico, decolando do Rio Grande do Sul e pousando do outro lado do país, no Rio Grande do Norte. Foram mais de 4000 quilômetros sobrevoando o litoral brasileiro. “A partir daí não parei mais, hoje eu somo mais de 22 mil quilômetros percorridos pelo Brasil”.
Outra expedição marcante de Lu Marini é a do Rio Tietê. Ele sobrevoou toda a extensão do rio, desde a nascente em Salesópolis até o desague no Rio Paraná. “Eu cheguei a ver o rio completamente verde, por causa da proliferação das algas causada pela poluição. Nesse documentário tem imagens minhas bebendo a água do Tietê na nascente, porque ele nasce bem limpinho”, conta.
Marini diz que “Cada decolagem é uma aventura e cada pouso é uma descoberta”, e o paramotor possibilitou que o documentarista estivesse em lugares muito diferentes como ilhas, aldeias indígenas e até mesmo no meio da transamazônica. Sempre em busca de histórias e conhecimento e acompanhado de sua equipe. “Eu falo muito sobre meio ambiente e tudo o que eu aprendi sobre não foi estudando, foi in-loco, adquirindo conhecimento das pessoas que estavam lá”, afirma.
Essa possibilidade de pousar em qualquer lugar já rendeu boas histórias para o piloto. “Uma vez eu pousei numa praia onde não tinha acesso de carro via estrada para minha equipe de resgate vir me buscar, então o carro tinha que vir pela areia da praia e eles atolaram. Tivemos que esperar um resgate para resgatar o resgate”, comenta. “Mas eu fui recebido por uma senhora bem pobre, mas que me ajudou com o pouco que tinha. Enquanto o marido estava no mar, pescando, ela me serviu um prato de arroz com camarão enquanto eu esperava a equipe”, conta. Marini ainda destaca que durante todas as expedições foi nas pessoas mais simples que ele encontrou mais carinho, amor e felicidade.
Confira aqui o documentário: