MARCELO CRUZ é um advogado criminalista que, com garra e afinco, não mede esforços para desempenhar o seu nobre ofício. Combativo na defesa dos seus clientes, atua aqui em Santos, São Paulo, Rio de Janeiro e em Brasília. Há dez anos, é professor universitário nas cadeiras de Penal e Processo Penal.
Por quê escolheu ser Advogado?
Eu pretendia ser Delegado de Polícia. No 3º ano de Direito, um amigo me convidou para estagiar no escritório de um Advogado criminalista – Dr. Walter de Carvalho. Por uns instantes, quase recuei porque eu não sabia peticionar e não conhecia Processo Penal, porém, Deus me iluminou, fui aprovado na entrevista e lá me dediquei à carreira que exerço e amo muito.
Qual foi a sua primeira conquista?
Foi um júri, em 1997, no Guarujá. Defendíamos um policial militar que, numa operação, matou um bandido. Pensei que minha participação seria mínima, mas, no caminho, o Dr. Walter de Carvalho disse: “você vai assumir a tribuna”. E assim, comecei no Tribunal do Júri.
O que, profissionalmente, causa frustração em você?
A desigualdade entre o Ministério Público, a Magistratura e a Ordem dos Advogados do Brasil. Ao Advogado recai uma missão muito dura e não existe a paridade de armas, não existe igualdade entre o acusador e o defensor.
Você acha que tanto os Magistrados, quanto os Desembargadores estão julgando de acordo com suas próprias convicções, por vezes até em descumprimento às leis?
Tecnicamente, avalio que de acordo com a Constituição Federal, toda a decisão deve ser devidamente fundamentada. Percebo que, primeiro formam suas opiniões intimamente, antes mesmo da produção de provas, e fundamentam em cima do que estão opinando. Lamentavelmente, julgam de forma muito parcial.
Você está presidente estadual da ANACRIM – Associação dos Advogados Criminalistas. Uma das lutas é contra a criminalização dos Advogados. O que vc acha disso?
A criminalização do profissional é lamentável, porque o Advogado é reconhecido constitucionalmente, como imprescindível para a construção da atividade jurisdicional. O papel do Advogado é muito importante nesse cenário. Tentam atacar o exercício da defesa, mitigando a vontade do Advogado de se aventurar dentro de uma ação penal. Isso é preocupante demais. Um dos maiores abusos que podemos sofrer é o enfrentamento do estado democrático. O Advogado merece respeito.
Você tem seu escritório, é professor universitário, presidente da ANACRIM e um dos coordenadores da ESA – Escola Superior de Advocacia. O que mais gosta de fazer?
No Magistério, encontro uma forma de retribuir a Deus tudo o que me ofertou até hoje, ou seja, a possibilidade de lutar e crescer. Em aula, encontro a maneira que posso dizer “muito obrigado”.
Algum projeto?
Um dia, poder selecionar dez causas, sem recebimento de honorários, para defender pessoas que foram acusadas injustamente.
Qual a palavra que norteia a sua vida?
Perseverança.
Qual o seu lema?
Que os estudantes de hoje sigam o que nos deixou Rui Barbosa: “No cume desta montanha, somente os fortes chegaram. Os fracos desistiram e os covardes sequer tentaram”.
DIFERENÇAS ENTRE VIVER BEM E SER FELIZ
Mais do que nunca, precisamos aprender a “viver bem.” Tantas são as más notícias que se nos deixarmos impregnar por elas, não conseguiremos cumprir nossas metas com o entusiasmo que a vida merece.
Falo aqui de “viver bem” e não de “ser feliz.” É diferente. O estágio feliz somente alcançaremos quando aprendermos que a felicidade é simples e se encontra nas pequeninas coisas diárias, no perfume das flores que enfeitam os nossos dias, na saúde, na fartura à mesa, no carinho dos amigos, no amor que nos dedicam e nas bênçãos alcançadas.
A diferença entre “viver bem” e “ser feliz” também é não esquecermos de sorrir, de sermos convictos de nossos valores e firmes na fé que nos sustenta!
Para “viver bem” é preciso não termos medo e entendermos que nada vale mais do que a nossa paz.
As horas estão correndo, os dias estão mais curtos, os anos estão passando com interrupções…tudo isso é sinal de que não podemos perder tempo, é preciso pressa!
Cultivemos todas as formas de “viver bem,” para chegarmos ao “ser feliz”, mais rapidamente!