A astrologia vem se solidificando como ferramenta de autoconhecimento e de orientação nos últimos anos. Porém, muitas pessoas também perceberam no campo uma profissão e uma fonte de renda. Ser astrólogo se tornou uma opção cada vez mais procurada por jovens e adultos que buscam se descobrir vocacionalmente ou até mesmo encontrar um propósito na vida.
O mercado atual não deixa a desejar. Além do assunto estar em alta, a pandemia fez com que diversos astrólogos se deparassem com um aumento significativo de demanda, tanto pela possibilidade de fazer um mapa astral remotamente, por vídeo, ou pelo momento complicado em que o mundo se encontra, no qual muitos se vêm à procura de ajuda.
“A pandemia trouxe incerteza para todos, tanto para esse ano, quanto para 2021. O mapa astral foi mais uma ferramenta que usei para me entender nesse cenário e tentar achar algum conforto. Ser on-line também foi um atrativo, até porque facilita achar um horário estratégico no meio da rotina", afirma o escorpiano Tito Guedes, que fez sua consulta astrológica uma semana antes de seu aniversário, em novembro.
Para seguir a carreira, entretanto, a pessoa precisa ter mais do que interesse e conhecimento sobre signos solares e ascendentes. Além de ser necessário um curso de astrologia, o profissional deve ter, no mínimo, Ensino Médio completo para cursar a maioria das escolas disponíveis no Brasil e disposição para aprender desde história astrológica até cálculo e astronomia.
Formação em astrologia
A profissão é regulamentada pelo Ministério do Trabalho e para atuar na área é necessário ter entre 200 e 400 horas de estudos comprovadas. A maioria das escolas de astrologia do país não exige Ensino Superior, porém, diversas formações, independente do curso, podem auxiliar na caminhada para se tornar um astrólogo, visto que é uma área multidisciplinar, que carrega ensinamentos de vários campos de ensino.
Não existe uma grade pré-definida de disciplinas nas escolas e também não é obrigatório que as instituições sejam vinculadas a um órgão específico. Porém, ao fim de qualquer curso básico, espera-se que o profissional saiba interpretar trânsitos astrológicos, ler um mapa astral e fazer previsões mais simples. Para isso são abordados temas como perfis dos signos, casas, elementos, planetas, eixos nodais, ascendente, meio céu e regência das casas.
Atualmente, além de escolas físicas espalhadas pelo Brasil, existem portais que oferecem cursos on-line. Essa é uma maneira de conciliar mais facilmente o estudo da astrologia com outras práticas e compromissos. A orientação é priorizar sites de astrólogos renomados e conhecidos no país, a fim de garantir a melhor educação possível. Cláudia Lisboa, importante nome da astrologia brasileira, é uma das profissionais que oferece aulas totalmente digitais.
Especialização na astrologia
Apesar dos princípios e das bases de conhecimento serem as mesmas, há muitas formas de interpretar os astros e as maneiras como eles afetam os seres vivos e o ambiente. Para quem deseja seguir carreira como astrólogo, o que não falta é opção de estudo e de especialização.
O profissional poderá escolher o caminho que melhor se encaixa, levando em conta seus interesses e pontos fortes. Dentro da astrologia, existem diversas especializações, como a astrologia vocacional, dedicada a ajudar pessoas a se encontrarem profissionalmente; a astrocartografia, focada em localização geográfica e no local de nascimento; e astrologia médica, que procura entender os impactos dos astros na saúde. É possível, até mesmo, se aprofundar sobre a astrologia agrícola, a fim de compreender as influências dos trânsitos planetários nas plantações.
Para isso, durante toda a formação, é preciso que o astrólogo busque realizar cursos livres, com aulas e lições especializadas em determinada área ou até mesmo em técnicas particulares, como leitura de mapa focada em posicionamento das casas astrais. Essa é uma maneira de se profissionalizar rapidamente, indo além dos conhecimentos fundamentais da astrologia.