Presidente da Santos Port Authority (SPA), Casemiro Tércio Carvalho, voltou a defender um túnel submerso como alternativa de ligação seca entre Guarujá e Santos na última segunda-feira, durante encontro do Movimento Inova – Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), realizado no Teatro Procópio Ferreira, em Guarujá, tendo como tema Logística e Transportes.
Além do prefeito anfitrião, Válter Suman, do prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, e do vice-prefeito de Cubatão, Pedro de Sá, o ciclo de debates setoriais sobre os desafios para a retomada do desenvolvimento econômico da Região contou com a participação de três dos principais gestores dos modais de transporte rodoviário, aéreo e marítimo do Estado de São Paulo.
Suman enalteceu a iniciativa do Inova, de unir as forças vivas da sociedade neste trabalho para se chegar a um conjunto de planos de curto, médio e longo prazos que possam levar ao desenvolvimento econômico da Baixada Santista. Citou como potenciais da região “o porto pujante, que movimenta R$ 293 bilhões anuais, o primeiro polo industrial do país, associado à cadeia de petróleo e gás, e o turismo, para serem trabalhados de forma integrada”.
O prefeito ainda reivindicou investimentos do Estado na marginal da Rodovia Domênico Rangoni e em um pátio de estacionamento de veículos de carga, além de uma rápida definição sobre a ligação seca com Santos.
Túnel
A aguardada ligação seca Guarujá e Santos também foi mencionada por Casemiro Tércio, que demonstrou temer as limitações impostas pela proposta estadual de construção de ponte ligando as áreas insular e continental de Santos, como forma de atender também Guarujá.
O representante da Codesp salientou que os pilares de uma ponte são obstáculos naturais que impactam na operação do Porto. “E cada minuto de atraso na operação portuária representa uma perda enorme para o Porto, para as empresas e para a economia em geral”, destacou, argumentando, ainda, que o túnel seria menos suscetível a acidentes que uma ponte.
O diretor de Planejamento, Gestão e Finanças do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), Ângelo Luiz Moreira Grossi, defendeu as ações de expansão do tráfego aéreo no Estado, com a criação de novas modalidades de voos envolvendo cidades do Interior. “No curto prazo, podemos expandir bastante as modalidades de voos em pequenas aeronaves para promover a aviação regional”, opinou, lembrando as projeções que indicam uma demanda crescente para esse tipo de voo.
Participaram da rodada de debates, ainda, o diretor-superintendente da Ecovias, Ronald Marangon; e o professor mestre Rafael Pedrosa, que é coordenador da equipe do segmento de logística e transporte do Inova RMBS.
Os próximos encontros do Inova RMBS serão nos próximo dia 18 e 25. O primeiro, em Cubatão, discutirá Química, Petroquímica e Fertilizantes. O segundo, em Praia Grande, tratará do Turismo.