Pela primeira vez em Santos, o espetáculo “Nelson Gonçalves – O amor e o tempo” promete emocionar os fãs do “rei do rádio”, que completaria 100 anos em 2019. Com texto de Gabriel Chalita, escrito especialmente para a montagem, a atração traz a cantora Jullie e o ator Guilherme Logullo que, além de atuar também assina a produção da peça, que tem direção de Tânia Nardini.
Em passagem pela Redação do Jornal da Orla, Logullo contou os detalhes do espetáculo, que está em cartaz neste fim de semana (25 e 26), às 21h e 19h, respectivamente, no Teatro Coliseu. Confira:
Jornal da Orla – Como surgiu a ideia de homenagear Nelson Gonçalves?
Guilherme Logullo – Eu ouvi a obra de Nelson durante a preparação para outro musical. Em conversa com o professor Gabriel Chalita, descobrimos que este ano seria o centenário do cantor. A partir daí, tivemos o apoio da família do Nelson, que fez trocas muito bacanas com a gente. O texto foi escrito especialmente para a peça pelo Chalita, que mistura canções e trechos da vida do Nelson.
JO – Como foi a preparação?
Guilherme – Foram dois meses de ensaios no Rio de Janeiro. Tanto eu como a Jullie (atriz e cantora que o acompanha em cena) representamos Nelson na peça. Eu, a emoção, ela, a razão. São 12 pessoas envolvidas no espetáculo, entre atores, staff e a banda que toca ao vivo.
JO – O público pode esperar um repertório de clássicos do Nelson?
Guilherme – Sim. São 33 canções com novas roupagens, mas os grandes clássicos estarão lá! As músicas são muito especiais. O público fica suspenso na nostalgia do tempo, pois todo mundo tem uma história com alguma música do Nelson. Desde janeiro, quando estreamos o musical, cerca de 10 mil pessoas já assistiram e quem assiste, quer voltar!
JO – Esta é a sua primeira peça como produtor. Como você concilia atuação com mais esta função?
Guilherme – É desafiador. Tenho mil funções dentro de um só projeto. Mas é incrível! Como artista, tem sido muito rico.
JO – O teatro brasileiro tem apostado em musicais ultimamente?
Guilherme – É interessante ver como avançou o teatro musical e como o segmento ganhou mais força do que o teatro de prosa. Porém, com as mudanças na Lei Rouanet, não sei como ficarão as produções em geral. Muitas vezes, as pessoas não têm noção do número de profissionais envolvidos em uma peça, desde atores, técnicos, camareiras e até advogados. Talvez o caminho seja este mesmo: investir em temas nacionais, pois temos tanto a explorar em nossa cultura, que é tão vasta!
JO – O espetáculo tem uma hora de duração. É proposital?
Guilherme – Sim! É o nosso objetivo fazer um musical tão rápido, com 33 canções. É para ser como um suspiro, uma imersão de uma horinha na obra do Nelson, que é uma “sofrência” de muita qualidade!
Serviço:
“Nelson – O amor e o tempo”, de Tânia Nardini.
Texto e Roteiro: Gabriel Chalita
Sábado (25), às 21h, e domingo (26), às 19h
Teatro Coliseu: Rua Amador Bueno, 237, Centro.
Ingressos: de R$ 25 a R$ 120, à venda no site Bilheteria Express
Fotos: Dan Coelho/Divulgação