A temporada de observação de baleias jubartes no litoral da Bahia segue até outubro, com a expectativa de atrair 15 mil visitantes para assistir ao espetáculo oferecido por estes gigantes do mar, com seus saltos, esguichos de água, cantos dos machos para seduzir as fêmeas e nado em grupo.
O maior berço reprodutivo da espécie no Atlântico Sul fica no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul do estado, mas há outros pontos de observação distribuídos entre a Praia do Forte, Salvador, Morro de São Paulo, Itacaré, Barra Grande, Porto Seguro, Arraial D’Ajuda, Cumuruxatiba, Prado e Caravelas.
A estimativa do Instituto Baleia Jubarte é que cerca de 20 mil animais cheguem ao litoral baiano, o que possibilita grandes chances de avistar os maiores mamíferos do mundo em mar aberto e até nas proximidades da orla. O período coincide com o ciclo reprodutivo das baleias jubartes, que trocam as águas geladas da Antártida pelas temperaturas quentes do litoral baiano para reproduzir.
Da pesca ao turismo
A partir de 1986 foi proibida a caça de baleias e surgiu o primeiro projeto de baleia jubarte, que tinha uma população aproximada de 1500 animais. Depois de 32 anos aproximadamente 20 mil baleias dessa espécie migram até o litoral baiano no período.
A observação de cetáceos como atividade comercial teve início em 1955 na América do Norte, ao longo da costa sul da Califórnia. Hoje, este turismo é realizado em mais de 100 países. Na Antártida os passeios partem em busca da grande baleia azul.
Passeios monitorados
Agências que promovem passeios de barcos, escunas e lanchas para avistar baleias podem ser conferidas no site do Projeto Baleia Jubarte. Os passeios duram em média de 3 a 4 horas. O Espaço Baleia Jubarte na Praia do Forte também expõe partes originais e réplicas de baleias, além de exibir vídeos e palestras técnicas sobre o passeio.
Atividade suspensa em Santa Catarina
Em Santa Catarina, os passeios de barco para observação de baleias estão suspensos desde 2013 por questões judiciais e ambientais. Lá, a freqüência é da Baleia Franca Austral, que começa seu show na Antártida, passa por Porto Madryn (Argentina) e logo sobe as costas uruguaias, terminando seu balé em Florianópolis, onde permanece até novembro, quando encerra o período de reprodução.
A liberação da atividade depende da conclusão do Plano de Manejo a APA da Baleia Franca, o que possibilitará a efetiva autorização e o decorrente controle das atividades de turismo embarcado nas épocas de ocorrência das baleias já na temporada de 2019.
Para minimizar os efeitos da proibição no setor turístico, o Sebrae de Santa Catarina criou uma rota para a observação da baleia franca em terra. O produto está sendo desenvolvido e já é comercializado e oferece uma série de experiências diferentes do passeio embarcado.
Curiosidades sobre o maior mamífero do mundo
Um filhote cresce aproximadamente três centímetros em 36 horas, chegando a medir na fase adulta 16/17 metros de comprimento, o equivalente a um ônibus e meio pesando de 50 toneladas ou 10 elefantes;
Um filhote consome 380 litros de leite por dia, sendo o único alimento que terá durante seu primeiro ano de vida, quase 140 mil litros ao ano;
O cetáceo vive 60 anos, nada a 30 km /h e em profundidade de 300 m;
Ele possui barbas dentro de sua boca, que medem até 2,5m, que funcionam como um filtro dos alimentos ingeridos;
As baleias e os golfinhos têm a capacidade de emitir uma ampla gama de sons e movimentos que desempenham um papel-chave durante o seu ciclo de vida, para a comunicação, navegação ou detecção de alimentos, predadores ou para atrair seu parceiro.
Rota dos Vinhos na Serra Catarinense
Para os amantes de um bom vinho, a Serra de Santa Catarina pode ser o destino de uma viagem por paisagens cênicas e sabores que remontam a várias partes do mundo. Conhecido como Rota dos Vinhos Finos de Altitude, o caminho é composto por 22 vinícolas, passando por nove cidades catarinenses: São Joaquim, Água Doce, Videira, Campo Belo do Sul, Urupema, Urubici, Bom Retiro, Rancho Queimado e Treze Tílias. Juntas, produzem 1,5 milhão de garrafas da bebida por anos.
Instituto Inhotim registra 3 milhões de visitantes
O Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais, alcançou a marca de três milhões de visitantes desde sua abertura ao público, em 2006. Conhecido por seu Museu de Arte Contemporânea e Jardim Botânico, o Inhotim tornou-se um dos principais destinos turísticos e culturais do Brasil e de Minas Gerais.
Nos 140 hectares do instituto, o visitante encontra 23 grandes galerias – 19 permanentes e quatro temporárias – e outras 23 obras de grande escala distribuídas em uma bela paisagem. No campo botânico, o público tem a oportunidade conhecer espécies de todos os continentes, que integram uma coleção de cerca de 4,5 mil plantas – algumas delas raras e ameaçadas de extinção.
