Terminada a fase de grupos da Copa. Definidos os confrontos das oitavas de final. Qualquer previsão, daqui para a frente, corre risco de fracasso completo. Aliás, como também fracassaram todas as previsões iniciais dos analistas.
Será que algum comentarista esportivo deste vasto mundo acertou, por exemplo, que apenas três seleções, Uruguay, Bélgica e Croácia, teriam aproveitamento de 100% na fase de grupos? Será que algum deles cravou desclassificação da campeã Alemanha por derrota para a modestíssima Coreia do Sul?
No retrospecto, dá Brasil contra o México. São 24 vitórias brasileiras contra 10 mexicanas em confrontos diretos. Mas é bom lembrar que na final olímpica de 2012, em Londres, deu México contra a geração de Neymar.
No retrospecto, o Japão tem 2 vitórias e uma derrota contra a Bélgica. Mas os belgas talvez sejam os maiores favoritos desta fase que começa neste sábado. E possíveis adversários dos brasileiros na próxima, isso se as duas seleções confirmarem esse favoritismo.
Esta segunda semana da Copa resgatou em parte o prestígio abalado do futebol sul-americano no início da Copa. Não só pelas duas vitórias por 3 x 0 em confrontos diretos com europeus, a do Uruguay sobre a Russia e a da Colômbia sobre a Polônia, mas também por que 4 dos 5 sul-americanos passaram à segunda fase, além de Uruguay e Colômbia, Brasil e Argentina. A atuação colombiana contra a Polônia talvez tenha sido até agora a mais convincente do Mundial.
O caminho brasileiro até a final parece cheio de espinhos. Além do fantasma belga, se passar pelo México, pode ter na frente Portugal, Uruguay, França ou Argentina. A outra chave, de Colômbia e Espanha, tem seleções com tradição bem menor.
O gol do argentino Messi contra o Senegal, pela habilidade espantosa no controle da bola, e o de Cuadrado, da Colômbia, contra a Polônia, pelo passe maravilhoso de James Rodriguez, estão, ao lado da defesa do português Rui Patrício no jogo contra Marrocos, entre os momentos de maior beleza da Copa. O gol do alemão Kross contra a Suécia e do argentino Rojo contra a Nigéria estão entre os mais dramáticos.
Até 15 de julho, dia da final, certamente novos lances de extrema beleza e novos momentos extremamente dramáticos vão rolar. São eles que que fazem do futebol o mais popular de todos os esportes no planeta e da Copa o momento máximo do futebol.
Santos
Para muitos torcedores do Santos, o final da primeira fase da Copa ficou marcado por uma decepção: o clube não contratou nenhum reforço nesse período para a segunda metade da temporada. De uma certa maneira, isso reforça a ameaça de um impeachment, processo sempre político, contra o presidente José Carlos Peres.