De intensidade média a intensa, a hérnia de disco é a dor mais prevalente na região lombar, motivo de muitas queixas e até falta ao trabalho. Quando em estágios mais avançados, gera grande incapacidade para a realização de atividades comuns, como levantar, sentar e andar. O neurocirurgião pela Unifesp, Alexandre Elias, explica o que é, como se prevenir e tratar o problema:
O que é
É uma doença que ocorre pelo desgaste ou trauma dos discos vertebrais lombares ou cervicais, que acabam por apertar as raízes nervosas que passam próximas a eles, gerando um processo inflamatório doloroso e muitas vezes incapacitante. A dor inicia na região lombar, passando pelas nádegas, chegando até a parte mais baixa de uma ou das duas pernas. Outros sintomas da hérnia de disco são formigamento, dormência e fraqueza de pernas e dedos.
Dor do ciático e hérnia de disco são a mesma coisa?
De acordo com o médico, embora seja comumente relatada como uma doença, a dor ciática é na verdade é um sintoma da hérnia de disco, que acomete cerca de 2 milhões de brasileiros a cada ano. Dentre as causas mais comuns para o seu surgimento estão atividades físicas pesadas, posturas erradas, tumores e fraturas na coluna.
Em que idade a doença é mais comum
Ela é mais frequente em pessoas entre 30 e 50 anos, embora possa surgir antes ou depois desta faixa etária, seja por fatores genéticos, exercícios intensos e mal direcionados ou qualquer outra atividade que sobrecarregue e desgaste os discos vertebrais.
Como é feito o diagnóstico da doença
O diagnóstico inicial da hérnia de disco é clínico e só pode ser feito pelo médico especialista, que examinará o paciente, analisará suas queixas, podendo solicitar exames de imagem para a confirmação da doença.
Como é o tratamento
O neurocirurgião informa que mais de 90% dos quadros são bem controlados com medicamentos (anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares), atividades de correção postural, fisioterapia e infiltrações. Para os quadros críticos e resistentes aos tratamentos conservadores, é indicada cirurgia minimamente invasiva ou convencional para recomposição dos discos vertebrais, com cerca de 95% de resposta positiva, segundo ele.