Já se transformou frase repetitiva, porém precisamos também lembrar que, embora 2016 tenha se acabado às 24hs de 31 de dezembro, muitos continuam afirmando que este ano, de forma teimosa, parece que ainda não acabou.
Repetindo anos históricos, com seus fatos marcantes (para o bem ou para o mal), também o ano findo insiste em continuar, nos ambientes, conversas e consequências, como ainda presente e aparentemente ainda por muito tempo.
Foi um ano turbulento, com a herança recebida do final de 2014 e dos desmandos e conflitos de 2.015.
Em 2016, a chamada “tempestade perfeita” se evidenciou de forma flagrante, resultando nos desastres que ainda não foram possíveis de serem superados. Assim resta, para nosso país, nossa cidade e nosso porto, continuarmos nos confrontando com os desafios e as necessidades de superações que possam ajudar nas retomadas das normalidades que antes vivenciávamos.
Tenho sempre repetido que essa “tempestade perfeita”, no sistema portuário, não se formou num piscar de olhos. As nuvens, os ventos, as temperaturas e o ambiente desastroso foram se formando ao longo do tempo.
Talvez, para que essa tempestade perfeita se formasse no sistema portuário, um fator fundamental tenha sido a edição da desnecessária MP595, que resultou na inadequada “nova/velha” Lei 12.815/13.
Pois bem! O ano civil se encerrou. Entramos de forma festiva no novo ano. Muitos alardearam que o novo ano traria melhores cenários. Que o novo ano geraria momentos mais positivos. Enfim, que teria o condão de mudar as realidades tão sofridas de nosso país e, por consequência, de nossas cidades e nossos portos.
A consciência popular, na busca de apagar um ano que deveria ser esquecido, tenta se fortalecer imaginando que a substituição do numeral 6 pelo 7, ao final da identificação temporal, nos traria novas coisas.
Não podemos cair nesta sensação e ilusão!
Primeiramente, como os anos anteriores, 2016 não deve ser esquecido. Devem sempre ser lembrados, para que percebamos os erros cometidos e estes, sim, serem lembrados como avisos de nunca serem repetidos. Também não devemos ficar esperando o que o novo ano vai nos trazer.
Devemos, sim, nos indagar sobre o que cada um de nós vai fazer, em cada momento deste novo ano, para superar a atual crise nacional. O que cada um de nós tem a oferecer para o novo e para os futuros anos.
Mais importante ainda: o que cada um de nós vai fazer para que nosso país, nossa cidade, nosso porto e, fundamentalmente, a nossa população, não repita e não permita a repetição dos erros cometidos no passado.
Cada um de nós é quem deve ser a novidade neste e nos próximos anos.
Depois, perguntarmos a nós mesmos sobre o que faremos para mudar o novo e os próximos anos. Também poderemos perguntar para os nossos familiares e amigos o que cada um pretende fazer de diferente. Como dizia o grande cientista Albert Einstein, “insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.
Vamos fazer as coisas de forma diferente! Somente assim mudaremos as atuais realidades de nosso país. Vamos, cada um de nós, ser a diferença e, assim, oferecer a 2017 a verdadeira possibilidade de ser um ano diferente.
A única coisa que o novo ano nos oferece é a oportunidade de agirmos de forma diferente e oferecer ambientes novos para a cidade, o porto e nosso país. Principalmente, melhores ambientes para as nossas vidas e nossa população. Somente cada um de nós pode trazer as novidades!