Para muitos, estamos vivendo um Natal distinto de anos anteriores. Diferentemente de anos passados, com as belas imagens cintilantes das árvores enfeitadas na praia e nos prédios praticamente em todos os bairros da cidade, neste ano vislumbramos pouco brilho em nossas paisagens noturnas.
Nas regiões portuárias, que se irmanavam com o ambiente urbano, também podíamos contemplar aquelas tradicionais minilâmpadas, destacando os contornos de equipamentos portuários, como presentes dos terminais portuários para a cidade, nos postes de iluminações das regiões sob responsabilidade da administração portuária, também o ambiente festivo natalino se fazia presente.
A cidade e o porto brilhavam conjuntamente, incentivando ainda mais esta fase da cristandade e sentimentos mais humanos, afetivos, otimistas com o futuro e a transição para o novo ano que se avizinhava.
Neste ano, todos contemplam visões bem diferenciadas. Falta de brilho. Falta de entusiasmo. Como se a reduzida iluminação natalina estivesse também divulgando o atual ambiente nacional de desânimo e frustrações com o futuro.
Talvez esta percepção esteja mais presente também para nos alertar que o verdadeiro Natal deve ser vivenciado dentro de cada um de nós, e não nas exteriorizações de regiões, quer da cidade quer de uma área portuária.
Estas exteriorizações de mais ou menos brilho podem sim demonstrar o ambiente que o país, a cidade e o porto vivenciam. Porém, precisamos separar estes grandes desafios nacionais e locais, para dedicar atenção ao verdadeiro sentido do Natal.
O verdadeiro sentido da festa máxima da cristandade.
O Natal de Jesus. O Natal do Deus feito homem.
O Natal da realização da promessa.
Não devemos nos esquecer das realidades e desafios, para nossa cidade portuária. Porém, podemos nos fortalecer dedicando tempo e atenção para o verdadeiro motivo deste momento de maior relacionamento humano. Se falta brilho nas decorações (até faltam decorações), natalinas na cidade e no porto, vamos suprir isso com o brilho dos sentimentos que devemos nutrir em cada um de nós. O brilho do verdadeiro amor de Deus para com a humanidade, com o nascimento do Menino Jesus.
Vamos refletir este verdadeiro brilho em nossa sociedade!
Por mais que constatemos a falta de decorações festivas e os reduzidos brilhos nas noites da cidade e do porto, podemos superar isso com o brilho dos olhares que se esforçam para lutar por dias melhores. Para lutarmos irmanados por justos e verdadeiros objetivos, com a visão do bem coletivo.
Podemos substituir as escuridões de alguns ambientes pelo brilho coletivo gerado pelas iniciativas individuais de irmandade. Vamos iluminar a cidade e o porto com nossas ações e com os sentimentos do verdadeiro Natal de Jesus!
Que tenhamos um Feliz Natal, no porto, na cidade e – ainda mais importante- em nossos corações.
Este verdadeiro brilho do Natal em nossos corações é o que verdadeiramente interessa!