Por que não comemos feijoada ao invés de frutas secas e rabanada? Descubra por que essas delícias ganharam lugar na nossa mesa, no dia de celebrar o nascimento do Menino Jesus:
Panetone
As lendas que explicam a origem do panetone indicam a cidade italiana de Milão como o seu berço e atribuem a receita a um personagem chamado Toni. O que contam a partir daí são causos de diferentes datas e histórias. A versão mais aceita diz que o panetone surgiu por conta de um acidente na véspera do Natal do ano 900. Um jovem padeiro, chamado Toni, exausto após muitas horas de trabalho, colocou uvas passas na massa de uma torta e, ao notar o erro, tentou consertar jogando frutas cristalizadas, manteiga, ovos, entre outros ingredientes. Toni não esperava que o acidente se tornasse um sucesso na ceia daquele Natal, ganhando o nome de ‘pane di Toni’ (pão do Toni, em italiano).
Peru
O costume de comer peru assado no Natal chegou às nossas mesas por causa dos norte-americanos. Nos Estados Unidos come-se peru no Dia de Ação de Graças – uma das mais importantes celebrações daquele país, comemorada desde 1600, como agradecimento da boa colheita na época. A tradição americana foi incorporada à ceia natalina brasileira no século XIX, junto com os imigrantes que aqui chegaram.
Rabanada
A criação da rabanada, principalmente, é associada aos portugueses. Também chamada de fatia-de-parida, a iguaria tem sua origem em uma história que tem tudo a ver com o Natal: uma mulher pobre precisava amamentar seu filho recém-nascido. Quase sem ter nada para comer, ela se servia apenas de restos de pão dormido embebidos em leite adocicado. A mulher teve tanto leite que amamentou seu filho e ainda sobrou pra amamentar outras crianças também. Dessa forma, a rabanada acabou virando símbolo de prosperidade e fartura, sendo servida nas festas de fim de ano.
Lentilha
Comer lentilha nas festas de fim de ano é uma superstição que herdamos dos imigrantes italianos. Eles acreditavam que o hábito traria sorte. É por isso que também comemos lentilha na noite do Réveillon. Segundo a crença italiana: “Lentilha no ano novo, dinheiro o ano todo”.
Frutas secas
A tradição de comer frutas secas no Natal remonta à Roma antiga, onde elas eram dadas de presente durante as celebrações do solstício do Inverno. Para os romanos, cada tipo de fruta tinha um significado especial. As avelãs evitavam a fome; as nozes estavam relacionadas com abundância e prosperidade; as amêndoas os protegiam dos efeitos da bebida.