Paraíso escondido no Nordeste brasileiro, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses oferece cenários paradisíacos, lembrando um “deserto” gigante com dunas de areia branquinha que podem alcançar 40 metros de altura, lagoas de água doce com nuances que vão do azul turquesa ao verde escuro, praia desertas e aves migratórias. Criado em 1981, é o maior parque de dunas da América Latina, com 155 mil hectares, equivalente a 155 mil campos de futebol. O ideal é visitá-lo entre os meses de junho e setembro, antes da estação de seca no Maranhão, para aproveitar os banhos nas lagoas, que são formadas pela combinação da água das chuvas e da elevação dos lençóis freáticos.
Para entrar no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, é fundamental o apoio das agências de turismo. As estradas e as trilhas são de areia e sem sinalização, sendo obrigatório o tráfego em veículos 4×4 e a contratação de guias credenciados (inclusive para os percursos a pé). Entre as atrações estão passeios à Lagoa Azul, uma imensa piscina que faz jus ao nome, e à Lagoa Bonita, que exige a escalada de uma duna de quase 40 metros de altura.
Barreirinhas, portal de entrada
A cidade de Barreirinhas, a 250 km de distância de São Luiz, a capital maranhense, é o acesso mais conhecido. Bem estruturada para receber os visitantes, a cidade é cercada pelas águas escuras do Rio Preguiças. Na Beira-Rio e Praça da Matriz, no Centro de Barreirinhas, encontram-se restaurantes com pratos típicos do Maranhão. Entre as opções, estão pratos inspirados na Rota das Emoções (à qual pertence o parque nacional), como arroz de cuxá com mariscos, abacaxi recheado com camarão, pirão, farofa de cuscuz e carne de sol ao molho de queijo coalho.
Na última semana de julho acontece em Barreirinhas a tradicional festa do vaqueiro. O evento é considerado o maior do gênero da região e é embalado por grupos de forró. Neste ano, a ‘Vaquejada Regional dos Lençóis Maranhenses’ vai para sua 32ª edição. O ritmo muda completamente entre os dias 7 e 9 de agosto, com a realização do 7º Lençóis Jazz e Blues Festival, que levará para aquela região do Nordeste grupos de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e, claro, do Maranhão.
Roteiros alternativos
Uma vez lá, vale conhecer alguns roteiros alternativos dos Lençóis Maranhenses. Pela Rodovia MA-315, a primeira parada é na praia de Caburé e Atins, onde há o encontro do Oceano Atlântico com o rio. De lá, com a maré baixa, pode-se seguir para a cidade de Paulino Neves, na praia dos Tocos, localidade deserta e com uma extensa faixa de areia.Voltando para a estrada, em 30 minutos se chega à cidade de Tutoia, na região do Baixo Parnaíba, e de onde saem os passeios para o Delta do Parnaíba ou Delta das Américas, com 73 ilhas fluviais entre os estados do Maranhão e Piauí. O passeio de lancha por dentro do delta custa em média R$ 55 por adulto ou R$ 250 para um grupo de cinco pessoas e dura 4h.
Quem vai a Barreirinhas não pode deixar de visitar o Farol de Preguiças ou Farol de Mandacaru. A estrutura fica localizada no povoado de Mandacaru e, após subida de 160 degraus, uma incrível vista da foz do Rio Preguiças. No mesmo povoado, o turista encontra peças do artesanato, como cestaria, bolsas, sandálias, bijuterias, redes para dormir, cortinas, todos confeccionados com a fibra de buriti – palmeira predominante na região. Já o povoado de Vassouras, onde se chega de “voadeira’, é conhecido como Ilha dos Macacos. Lá, é possível observar e interagir com vários pequenos macacos-prego.