Trabalhadores do Instituto Oceanográfico da USP em Santos ocupam dois navios de pesquisa da universidade. O protesto é contra as demissões de 30 funcionários, anunciadas pela reitoria.
De acordo com o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo), o motivo dos desligamentos é o fato de que os contratos de trabalho dos profissionais embarcados foram considerados nulos. O sindicato afirma ainda que eles foram contratados por uma empresa como celetistas, sem prestar concurso público. Os profissionais decidiram, como protesto, seguir trabalhando a bordo dos navios Alpha Crucis e Alpha Delphini, atracados no cais santista.
Segundo a universidade, a medida é consequência de um processo interno de sindicância, que constatou irregularidade nas contratações.
Em contrapartida, o sindicato da categoria explica que as demissões ocorreram após o início da campanha sindical. Os trabalhadores reivindicam benefícios recebidos pelos concursados, como vale-alimentação e auxílio creche. Além disso, a entidade explica que a universidade não repassou os salários do mês de abril.
Conforme o sindicato, a ocupação dos navios da USP em Santos está em análise para que sejam adotadas medidas cabíveis para a resolução da situação. “Os trabalhadores aquaviários não podem abandonar os navios, pois, além dessa alegação absurda da USP, correm o risco de perder o seu cadastramento na Marinha”, explica a entidade em seu portal.
Na quarta-feira (3/5), a USP afirmou que os servidores receberam notificação para apresentar manifestação e documentos, como forma de garantir o direito à defesa. Individualmente, os casos passarão por análise da Procuradoria-Geral da Universidade.
