O Brasil possui a maior bacia hidrográfica do mundo, com mais de 63 mil quilômetros de rios navegáveis. Ainda assim, menos de 30% desse potencial é utilizado de forma econômica ou comercial. “Precisamos criar hidrovias e não apenas usar os rios navegáveis”, defende o secretário nacional de Hidrovias, Dino Antunes, que estará presente no fórum regional Sul Export, organizado pelo Grupo Brasil Export, nos dias 28 e 29 de abril, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

O evento debaterá, entre outros assuntos, a importância econômica e ambiental das hidrovias. Hoje, o transporte de 1.500 toneladas de carga em uma barcaça por um rio é mais barato em termos de frete e equivale a usar 15 vagões de trens ou 58 carretas de 26 toneladas.

“Para ser considerada hidrovia é necessário que o trecho do rio tenha previsibilidade de navegação, segurança durante o dia e a noite, como uma estrada. Mas por ser em um leito de rio, este sistema está muito mais exposto ao meio ambiente, exigindo muito mais controle”, explica Ricardo Delfim, diretor comercial da companhia de dragagem, de origem belga, Jan De Nul.

A experiência da companhia será compartilhada no painel “Investimentos e regulação para o desenvolvimento aquaviário da Região Sul”, no segundo dia do Sul Export.

CONFIRMADOS

Além do secretário Dino Antunes, estão confirmadas as presenças das seguintes autoridades no fórum regional: o secretário nacional de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos, Tomé Franca; o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Roberto Honorato; e o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Claudio Affonso Amoretti Bier.