
Setembro é um mês conhecido por suas diversas cores, que simbolizam campanhas a favor de algo. Setembro azul é serve para dar visibilidade a comunidade surda e com deficiência auditiva. Na região de Santos, a Congregação Santista dos Surdos, faz um papel importante desde 1957, quando um grupo de jovens se reunia para conversar no Centro da cidade, com apoio da prefeitura, que cedeu o terreno, que estão localizados até hoje. Um desses amigos deu início às obras, contando com o apoio popular e construindo o que hoje se vê como uma forma de inclusão.
A diretora cultural Adriana Meireles, conta sobre os principais desafios que a instituição sofre, “sempre a falta de acessibilidade. A comunicação é negligenciada. A instituição busca sempre divulgar a Língua de Sinais e a Luta pelos Direitos é constante”.
Além dos grandes desafios da instituição, a comunidade surda tem que se adequar em diversos aspectos. A assistente social Eliane Mello da Congregação relata a necessidade até em questões de segurança pública. “Eu ajudei uma surda que mora em Praia Grande, que estava sofrendo violência doméstica, porém não teria como ela chamar a polícia”. Eliane conta que demorou aproximadamente 30 minutos para conseguir falar com alguém da cidade da região, pois Mello reside em Santos, “Ainda falta muito para se ter inclusão de verdade”.
A Congregação Santista inclui os surdos de uma forma especial, com educação. No local há aulas de libras com professores surdos, culinária e informática. As aulas de libras são gratuitas para surdos de todas as idades. Para os ouvintes, é cobrado um valor simbólico. Também são ministradas aulas de percussão, com palco adaptado de madeira, fazendo que a pessoa com deficiência consiga sentir a música, através das vibrações.
A equipe é formada de trabalhadores surdos e ouvintes, porém, 100% da diretoria é formada por surdos. “lutamos pela inclusão, então temos que ser o primeiro a ter essa forma de inclusão” diz Eliane. Para Adriana, uma forma de incluir os surdos na sociedade é ter libras nas escolas, e elas se tornarem escolas bilíngues “docentes surdos ou que possuam conhecimentos fluentes em Libras, para que possam lecionar para alunos surdos com materiais adaptados para eles em todas as disciplinas.
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