Alta Rotação

Ser motoboy é ser impune às leis de trânsito?

17/03/2023
Ser motoboy é ser impune às leis de trânsito? | Jornal da Orla

Motoboys: se você está na rua, em algum momento um deles provavelmente vai cruzar com você. A impressão que temos muitas vezes é que eles estão em todo lugar. E não é por menos: no dia a dia cada vez caótico e imediatista em que vivemos, as entregas realizadas por esses profissionais tornam-se cada vez mais necessárias. No auge da pandemia, podemos dizer que eles foram heróicos.

Infelizmente quando se fala de motoboy, associa-se muitas vezes com a falta de respeito às leis de trânsito. Afinal, não são raras as vezes que vemos um motoboy quase levando o espelho retrovisor do carro, fazendo ultrapassagens um tanto quanto arriscadas, andando acima da velocidade permitida, ignorando a sinalização ou até mesmo transitando pelas calçadas.

Além de tudo isso, também há a percepção de que os motoboys são “imunes” a lei e não são punidos. Conversando com um amigo motociclista uns dias atrás, ele sugeriu, logicamente que em tom de brincadeira, de comprar uma dessas mochilas de motoboy, pois usando uma dessas, ficamos impunes às leis de trânsito. Como uma capa de superman, só que, ao invés de fazer o bem e combater o crime, é usada para te dar impunidade para desrespeitar as leis de trânsito.

Nós sabemos que esse festival de infrações é causado em grande parte por causa da forma que o contrato dos entregadores de aplicativo. Afinal, quanto mais se entrega, mais se ganha e muitas vezes o motofretista se deixa levar pela expectativa de faturar mais, deixando de lado os riscos da profissão.

Ao mesmo tempo em que eu me solidarizo com esses profissionais, eu também deixo aqui o meu puxão de orelha para eles. Sei que esse grupo não representa a maioria, mas eles precisam entender que andar de moto é coisa séria e os riscos vão para quem está pilotando assim como quem está na rua. Então, se você é motoboy, na hora que for fazer a sua entrega, lembre-se: sua vida vale mais que o valor daquele frete. Pense nisso. Eu fico por aqui, até a próxima!

Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete a linha editorial e ideológica do Jornal da Orla. O jornal não se responsabiliza pelas colunas publicadas neste espaço.