
Representantes do Sindicato dos Urbanitários da Baixada Santista e do Vale do Ribeira (Sintius) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) se reuniram para discutir questões relativas à falta de segurança das estações de tratamento de água e esgoto (ETAs e ETEs). No início do mês, a empresa recém-privatizada retirou o serviço de segurança armada e reduziu o controle de acesso dessas instalações.
“Ressaltamos que tais unidades já possuem histórico de vandalismo, furtos e invasões, colocando em risco não apenas o patrimônio público, mas, sobretudo, a integridade física dos trabalhadores e da sociedade, diante da possibilidade concreta de contaminação do sistema de abastecimento de água. A ausência de vigilância compromete a segurança operacional e sanitária dos serviços essenciais prestados à população”, aponta o documento da Sintius, entregue durante o encontro.
Segundo o presidente da Sintius, Tanivaldo Monteiro Dantas, a entidade vem chamando a atenção da diretoria da Sabesp quanto à questão. “Foram várias as vezes em que bandidos entraram com caminhões, levaram pertences dos trabalhadores e material da empresa. No passado, quando ainda era estatal, conseguimos fazer a empresa ter um cuidado maior com tudo isso, embora ela não realizasse ressarcimento desses prejuízos fora da esfera judicial” explica
Em resposta, por meio de nota, a Sabesp informou que está modernizando a segurança em suas instalações operacionais com a implantação de um sistema eletrônico avançado. “Essa atualização complementa o modelo tradicional e inclui monitoramento remoto 24 horas por dia, câmeras inteligentes, sensores e protocolos modernos de controle de acesso. A decisão é baseada em estudos técnicos que demonstram maior eficiência dos recursos eletrônicos na prevenção e resposta a ocorrências. Com esses novos mecanismos, a Companhia assegura proteção contínua às unidades e mais segurança para seus colaboradores”.
Para Tanivaldo, a medida adotada pela companhia de saneamento não é suficiente para mitigar a insegurança dos trabalhadores ou evitar uma possível contaminação da água. “Isso não resolve, porque as câmeras vão pegar o fato. Não vai resolver o problema dos trabalhadores que atuam isolados e desprotegidos. E o prejuízo quem vai pagar é a sociedade. Por isso que exigimos providências urgentes e eficazes para a imediata reposição das equipes de segurança e controle de acesso nas unidades, com profissionais qualificados, treinados e equipados, a fim de assegurar a normalidade dos serviços e a segurança de todos os envolvidos”, declara.
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