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Qual o limite entre o combate ao crime e o respeito a vida?

27/05/2022
Reprodução

A notícia: uma perseguição policial durante um sequestro relâmpago terminou com quatro veículos atingidos durante uma colisão seguida de capotamento na manhã do domingo, dia 22, na Ponta da Praia. O veículo com as vítimas do sequestro e os criminosos colidiu contra quatro carros estacionados, que estavam estacionados Avenida Almirante Saldanha da Gama. Com o impacto da colisão, o veículo capotou. Dois dias depois, uma notícia muito parecida: perseguição policial durante sequestro relâmpago termina com um acidente em Praia Grande. Segundo apurado, os criminosos perderam o controle da direção e colidiram contra uma viatura da Polícia Militar.

Em menos de uma semana, dois casos de acidentes causados pelo mesmo motivo. O que nos leva o seguinte questionamento: até que ponto as perseguições policiais são funcionais, uma vez que estão colocando a vida de terceiros em risco? Nesses dois casos, felizmente só houve feridos leves, mas sabemos de caso em que as vítimas vieram a óbitos. E aí, quem se responsabiliza? Será que não é hora da Polícia Militar rever seus procedimentos e ações?

Antes que venham me julgar, não, não estou dizendo que a polícia não deve perseguir bandidos, muito pelo contrário. Eu acredito e confio no trabalho da polícia. Mas será que alguns protocolos de segurança não estão sendo deixados de lado? Será que a polícia não teria que ter um treinamento específico e mais qualificado? Fica aqui o questionamento: até que ponto vale arriscar a vida de terceiros no combate ao crime? Na guerra entre bandidos e policiais, não podemos permitir que pessoas inocentes sejam atingidas.

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