Fronteiras da Ciência

Psicologia de Mãe

02/02/2022
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Naquele instante, ela percebeu a maravilhosa dádiva que é ser mãe.

Num desses dias agitados, em que se tem mil coisas diferentes para fazer, aquele menino de 4 anos estava muito irrequieto.
Por diversas vezes, o pai pediu que ele sossegasse um pouco. Finalmente, acabou colocando-o de castigo, no canto da sala.
Leo chorou, esperneou, emburrou. Finalmente, gritou:
-Vou embora desta casa.
Irritada, a mãe falou: -Ah, vai é?
Então, olhou para o filho, encolhido no canto, triste, e sentiu partir o seu próprio coração. Ele era tão pequeno, tão indefeso.
Sua memória voou para dias de sua própria infância, quando ela também quisera sair de casa, por se sentir não amada e não compreendida.
Largou tudo que estava fazendo. Deu-se conta de que ao anunciar seu desejo de ir embora de casa, Leo estava dizendo:
“Por favor, prestem mais atenção em mim. Façam com que eu me sinta desejado e amado incondicionalmente”.
Ela se aproximou e falou baixinho:
-Tudo bem, Leo, você vai poder fugir de casa.
Ao mesmo tempo, foi apanhar umas roupas no seu armário e as colocou numa sacola.
-O que você está fazendo? – Foi a pergunta do menino.
-Bem, se você vai fugir de casa, vou com você porque não quero ver você sozinho pelas ruas. Gosto muito de você.
Quando o abraçou, ele perguntou, surpreso:
-Por que você quer ir comigo?
Com carinho, respondeu a mãe:
-Porque gosto muito de você e vou ficar muito, muito triste se você for embora. Também quero tomar conta de você para que nada de mal aconteça.
Então começaram as indagações do pequeno: -Papai também pode ir?
A mãe explicou que papai deveria ficar em casa para tomar conta da casa. Também para trabalhar.
-E o meu hamster pode ir?
Ante nova negativa da mãe, Leo pareceu pensar um pouco. Depois, perguntou:
-Mamãe, podemos ficar em casa?
-Claro, Leo, podemos ficar em casa.
-Mamãe, – disse ele suavemente -eu amo você.
-Eu amo você também, querido, muito e muito.
Naquele instante, ela percebeu a maravilhosa dádiva que é ser mãe. E como é fundamental levar a sério a responsabilidade sagrada de ajudar uma criança a desenvolver o sentido de segurança e o amor-próprio, além da oportunidade de mostrar ao filho, o quanto é amado.
Abraçando mais intensamente o filho, sentiu que, em seus braços, tinha um ser que dependia do amor e segurança, do atendimento de suas necessidades, do reconhecimento de suas características únicas para se tornar um adulto feliz.
[com base em conto de Lois Krueger e na Redação do Momento Espírita].

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