
A Prefeitura de Praia Grande irá enviar até esta sexta-feira (14) ao Sindicato dos Servidores Municipais as propostas de aumento salarial e também do vale-refeição e do vale-alimentação da categoria. Após uma reunião que durou mais de cinco horas e terminou às 20h30 desta quarta (12), a Administração prometeu analisar a pauta de reinvindicações dos servidores.
O encontro aconteceu no dia seguinte a uma paralisação de 24 horas promovida pela categoria, que reivindicou reajuste de 14% nos salários, sendo 7,5% baseados no aumento do salário-mínimo vigente, 3,5% do índice IPCA e outros 3% referentes a uma correção já judicializada durante a gestão passada, mas ainda não cumprida. Os servidores também reivindicaram aumento nos benefícios de vale-alimentação e vale-refeição e a adoção de um plano de saúde para os funcionários e dependentes, sem desconto no holerite.
O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (MDB), os secretários de Finanças, Cristiano de Mola, de Administração, Ruy Ferraz, o Chefe de Gabinete, Katsu Yonamine, além de técnicos da Administração participaram da reunião, onde foi explicada ainda a atual situação orçamentária da Prefeitura. Mesmo assim, o compromisso foi firmado. Com relação ao cartão-alimentação de aposentados e pensionistas, a Prefeitura comprometeu-se a realizar uma busca social.
Em vídeo publicado em uma rede social, o presidente do Sindicato, Adriano Roberto Lopes da Silva, o Pixoxó, disse que o órgão irá aguardar as propostas e, tão logo as receba, as divulgará. O dirigente lembrou que as propostas serão levadas para a assembleia da categoria, marcada para a próxima segunda-feira (17). Essa reunião estava previamente marcada. Os trabalhadores podem aceitar as propostas ou entrar em estado de greve.
Em nota, a Prefeitura informou que está buscando medidas de contenção de gastos, equilíbrio orçamentário, aumento da capacidade de investimento, além de novas fontes de receitas para melhorar a arrecadação municipal.
Paralisação
O impasse provocou uma paralisação de 24 horas na última terça-feira (11). Os trabalhadores promoveram uma manifestação em frente ao Paço Municipal. De acordo com Pixoxó, até aquele momento não havia nenhuma proposta de reajuste.
“Com base no seu artigo 95 da Lei Orgânica, a data-base da categoria é em janeiro e o prefeito (Alberto) Mourão não tinha chamado a gente para conversar. Por esse motivo, em assembleia, a categoria deliberou um dia de paralisação”, contou na ocasião.
Pixoxó lembrou que parte dos segmentos de Educação e Administrativo aderiu a paralisação. Unidades de saúde funcionaram com alguns serviços essenciais ativos e a Limpeza Pública funcionou parcialmente. Ao todo, a folha de pagamento da Prefeitura conta com 13.140 funcionários da ativa, 1.976 aposentados e 623 pensionistas. Nenhum trabalhador será descontado pelo dia não trabalhado, mas todos terão de compensar essas horas.
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