
Na última edição impressa do Jornal da Orla publicamos uma matéria sobre solidão, que teve muita repercussão. E um dos personagens foi Ana Maria Orsi, que trabalha com pets de verdade para auxiliar os idosos a lidar com isolamento, depressão e outras doenças. Ela nos apresentou exemplos de como esse convívio muda a vida das pessoas e até mesmo a saúde. “Acariciar um peludo estimula os hormônios da felicidade”, segundo ela.
Porém, na falta de um pet de verdade entra em cena o de mentirinha. É um hábito que cresce nos Estados Unidos e, comprovadamente, contribui para qualidade de vida de idosos debilitados. Hoje, tais produtos estão à venda até na internet.
A ideia de ‘pets peludos’ surgiu há dez anos, por iniciativa de funcionários da gigante de brinquedos Hasbro. Em 2018, parte deles deixou a empresa para criar a empresa Ageless Innovation (Inovação sem Idade), que já comercializou mais de 700.000 animais de estimação para 30 países. Os bichinhos eletrônicos têm muitas qualidades: respondem aos donos com ronronados, latidos, canções e batimentos cardíacos e, não precisam andar, nem se alimentar ou esvaziar caixas de areia.
Estudos clínicos da AARP – Associação dos Aposentados Americanos demonstram que a convivência com esse tipo de animal de estimação melhora a qualidade de vida de adultos mais velhos no que se refere à depressão e ao isolamento social. Ted Fischer, CEO da Ageless Innovation complementa: “Estudo conduzido no final de 2024, liderado pelo New York State Office for the Aging, 93% dos idosos que receberam esses animais relataram aumento nos sentimentos de alegria e companheirismo”.
Os pets de verdade são mais divertidos e existem milhares deles abandonados nas grandes cidades à espera de adoção. Porém, é inegável que a tecnologia pode auxiliar em muitos casos. Importante destacar que o simples contato com o bichinho eletrônico desperta reações positivas nos idosos, especialmente naqueles que têm deficiências cognitivas acentuadas. É uma demonstração evidente do quão importantes são as relações afetivas ao longo da vida. Certamente, os hormônios da felicidade se manifestam em qualquer caso, para tornar a vida do idoso mais saudável e feliz.
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