Da bancada de oposição ao prefeito Rogério Santos (Republicanos), apenas o vereador Marcos Caseiro (PT) participou da reunião na Câmara em que o chefe do Executivo santista apresentou seu Plano de Metas 2025-2028. Não compareceram os vereadores Débora Camilo (PSOL), Francisco Nogueira (PT) e todos do PL — Sérgio Santana, Rui de Rosis e Fábio Duarte.

Umbigo de fora
A vereadora Cláudia Alonso (Podemos) elogiou o prefeito por ter ido pessoalmente à sede do Legislativo e criticou os ausentes. “Seria tão bom se todos pudessem estar aqui. Acho que a gente está aqui para trabalhar para a população, tem que deixar de lado os umbigos, os interesses pessoais. Todas as questões partidárias deveriam ser deixadas de lado”, disse.

Juntos
Caseiro também elogiou o prefeito, ao citar que ele incluiu no plano dois temas importantes para ambos: a erradicação das moradias degradantes no Dique da Vila Gilda e o combate à tuberculose. “Vou estar contigo, Rogério. Estou muito feliz de você estar preocupado com isso, vamos unir forças, com Lula, com Tarcísio”, disse, mas ressaltou a sua posição de vereador oposicionista “Vou estar batendo, mas sempre com carinho”.

Incentivo
O vereador petista, que trabalhou durante 33 anos como médico concursado, também defendeu a necessidade de uma reforma administrativa na Prefeitura. “Hoje, não tem sentido um auxiliar-administrativo ser diretor de um setor que tem interlocução com um ministério ou a Unaids (órgão da ONU). A gente precisa ter um nível de gratificação para um profissional qualificado se tornar diretor. Não pode ser um cargo de total desinteresse financeiro”, argumentou.

Diálogo
Na reunião, o prefeito disse aos vereadores que vai se reunir pessoalmente com cada um deles. “Não pude fazer isso ainda, esses três primeiros meses do ano foram muito intensos. Quero estreitar a relação com a Câmara a partir deste segundo trimestre. Vou chamar todos, da situação e da oposição”, assegurou.

Investigação em Praia Grande
A Câmara de Praia Grande aprovou na sessão de sexta-feira (28), a criação de uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) para investigar denúncias de falhas no atendimento e negligência médica nos equipamentos geridos pela SPDM/PAIS. Anderson Martins (Podemos), Marcinho MJ (União) e Eduarda Campopiano (PL) são os autores do requerimento que pede a apuração.

Óbito após alta
Entre os casos, está o de um idoso que morreu após receber alta, na UPA Samambaia; a demora ao atendimento ao adolescente que faleceu após ser agredido em uma escola do município há um ano; a contratação de um falso médico; negligências em cirurgias ortopédicas, em que instrumentos são “esquecidos” no organismo do paciente e atrasos em mais de 60 dias nos pagamentos dos salários dos profissionais do Hospital Irmã Dulce.

Internações e mortes
“Os dados apresentados no relatório anual de gestão apontam que houve 10.100 autorizações de internações hospitalares, das quais 2.718 resultaram em óbitos”, afirma Eduarda. A CEV terá 90 dias para apresentar o relatório da investigação.