Atropelado pela pandemia e pela crise econômica, o microempresário Márcio Rodrigues de Oliveira, de 48 anos, perdeu tudo o que o que tinha. Desesperado, foi morar na rua. “Virei andarilho, durante cinco dias revirei lixo para comer. Tentei o suicídio. Mas, de repente veio uma força do céu, Deus, e eu falei pra mim mesmo: eu vou viver”, conta Márcio.
Para recomeçar a vida, passou a vender chocolate “sonho de valsa” pela ruas e avenidas de Santos. Mas com a chegada do calor, percebeu que seria melhor trocar de produto. “Aí tive uma ideia, me vestir de garçom e vender água gelada”.
Márcio cobra R$ 3,00 a garrafa de água gelada, que é servida em um balde com muito gelo, e o consumidor não precisa pagar no trânsito. Pode enviar um pix. Ele não só confia no ser humano, como garante que até o momento não levou um único calote.
Pai de um adolescente de 14 anos, Márcio tem muito estilo e é mais um brasileiro a mostrar a importância da criatividade em momentos de crise.