Fronteiras da Ciência

Escolhendo

23/02/2024
Escolhendo | Jornal da Orla

Os amigos diziam que Jerry era um poço de otimismo. Com ele, não havia tempo ruim.

Toda vez que alguém o cumprimentava e perguntava: –Como vai você?

A resposta pronta, vibrante era: –Vou muito bem!

Os garçons de toda a cadeia de restaurantes que ele gerenciava, seguiam seu exemplo. Ele era verdadeiramente motivador.

Costumava dizer: –Toda manhã, ao acordar, penso em que tenho duas escolhas a fazer: viver muito bem o dia ou viver mal.

Se acontece algo desagradável, posso escolher ser vítima da situação ou aprender algo com o ocorrido. Escolho a segunda opção.

Certo dia, um leve descuido o levou a deixar aberta a porta dos fundos do restaurante onde se encontrava.

Estava sozinho, em encerramento de expediente e 3 assaltantes armados entraram e o renderam.

Sob a mira das armas, tentando abrir o cofre, Jerry ficou nervoso e errou a combinação.

Os ladrões com raiva atiraram várias vezes nele e fugiram.

Socorrido a tempo, depois de horas de cirurgia e algumas semanas de tratamento intensivo, Jerry teve alta e voltou para sua casa.

Um amigo foi visitá-lo. E, entre outras coisas, lhe perguntou o que passara na sua mente quando os ladrões invadiram o restaurante e o subjugaram.

A primeira coisa que veio à minha é que eu tinha 2 escolhas: podia escolher viver ou podia escolher morrer. Escolhi viver.

Os paramédicos foram excelentes e ficaram me dizendo que tudo ia dar certo.

Lembro que quando cheguei à sala de cirurgia, vi as expressões no rosto dos médicos e das enfermeiras. Em todos eu lia: “Ele perdeu muito sangue. As balas fizeram um estrago muito grande. É um homem morto.”

Fiquei com medo. Sabia que tinha que fazer alguma coisa. Então, uma enfermeira perguntou se eu era alérgico a algum produto. Respondi afirmativamente.

Os médicos e enfermeiras pararam imediatamente os preparativos, esperando pela complementação da resposta. Respirei fundo e falei: “Sou alérgico a balas.”

Enquanto todos riam, eu lhes disse: “Eu estou escolhendo viver. Operem-me como se eu estivesse vivo, e não morto.”

Meses depois, com fragmentos de balas pelo corpo e muitas cicatrizes, continuava a ser a imagem do otimismo.

Ele sobreviveu graças à habilidade dos médicos, mas sobretudo, por sua atitude decidida.

[com base na Red. do Momento Espírita]

A vida é a arte de bem escolher.

Podemos mergulhar em reclamações ou apontar o lado positivo da vida e viver melhor.

 

 

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