Fronteiras da Ciência

Dominando a língua

13/11/2023
Dominando a língua | Jornal da Orla

Reagindo de imediato, de forma precipitada, nos tornamos instrumentos do mal, criando infelicidade para nós e para os outros.

Conta-se que havia um burro amarrado a uma árvore. Alguém que passava, simplesmente resolveu soltá-lo. Não questionou se haveria um motivo para o animal estar ali, se seu dono estaria por perto.

Solto, o animal pôs-se a correr. Chegou a uma horta próxima e, por estar faminto, foi devorando tudo o que havia sido plantado.

A dona da horta ficou extremamente zangada. Afinal, a horta custara a ela e ao marido muitas horas de trabalho.

E aguardavam poderem lucrar com a venda dos legumes e das verduras.

Por isso, tomou de uma vara forte e afugentou o burro, batendo nele violentamente.

Quando o dono do burro o viu chegar, todo machucado, foi verificar o que acontecera.

Ao tomar ciência de que os maus tratos tinham sido causados pela esposa do seu vizinho, foi tirar satisfações.

Cheio de raiva, agrediu verbalmente a mulher.

De volta ao lar, à noite, o marido e os filhos ouviram o relato dela e ficaram indignados.

Furiosos, foram à casa do agressor e, depois de palavras muito ofensivas e palavrões, chegaram às agressões físicas.

Foi uma grande confusão com feridos de ambos os lados. Ambulância, hospital, autoridades policiais.

Então, alguém, desejando se inteirar do que criara todo aquele cenário, descobriu que tudo se iniciara porque uma pessoa, desavisada, soltara um animal que vira amarrado a uma árvore, na manhã daquele dia.

[com base na Red. do Momento Espírita]

Essa história nos demonstra o quanto somos invigilantes ante fatos que nos envolvem.

Na nossa vida cotidiana de relação, quantas vezes nos temos comportado como os personagens da narrativa.

Reagindo de imediato, de forma precipitada, nos tornamos instrumentos do mal, criando infelicidade para nós e para os outros.

Muitos problemas poderiam ser evitados se educássemos a nossa vontade, não cedendo facilmente ao mal, pensando antes de agir, medindo palavras para não provocarmos discussões acirradas.

Devemos pensarmos antes e só tomarmos atitudes depois. Contudo, quando percebemos, já dissemos a palavra ofensiva.

Dessa forma, nos esforcemos em nosso processo de aperfeiçoamento.

Façamos propósitos de melhoria. Sejamos, a cada dia, pelo menos, um pouco melhores do que no dia anterior.

Cada vez que conseguirmos dominar a língua, a raiva e a agressão, damos um passo enorme para a nossa paz interior e dos outros, contribuindo com um mundo melhor.

Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete a linha editorial e ideológica do Jornal da Orla. O jornal não se responsabiliza pelas colunas publicadas neste espaço