Fronteiras da Ciência

Dependemos uns dos outros

25/08/2023

Sempre há formas de sermos úteis à sociedade em que nos encontramos inseridos.

Num reino distante, havia um rei famoso por suas extravagâncias.

Um dia, ele mandou anunciar que ofereceria a maior e mais bela festa que o reino jamais tivera. Toda a corte e os amigos foram convidados.

Ao chegarem, vestidos com seus mais ricos trajes, os convidados maravilharam-se com a visão do palácio que resplandecia em luzes.

As festividades tiveram início com danças e jogos.

Tudo, até os mínimos detalhes, era esplendor e luxo.

Apesar da primorosa organização da festa, depois de algum tempo os convidados perceberam que não lhes havia sido oferecido nada para comer ou beber, em parte alguma se encontrava algo para acalmar a fome.

Jamais se havia tido notícia de algo semelhante. Uma festa daquela magnitude e os convidados passando fome.

Mesmo que os dançarinos e os músicos se esforçassem para alegrar o ambiente, pouco a pouco o mal-estar foi tomando conta do salão e os convidados não disfarçavam sua contrariedade.

Ninguém, no entanto, ousava se queixar com o rei, que observava tudo em silêncio. Finalmente, quando a situação se tornou insustentável e a fome intolerável, o rei convidou a todos para passarem para uma sala especial, onde uma refeição os aguardava.

Os convidados famintos, avançaram em direção do delicioso aroma de sopa que exalava de um enorme caldeirão no centro da mesa.

Quiseram se servir, mas grande foi a surpresa ao encontrarem, ao lado do caldeirão, apenas gigantescas colheres de metal, com mais de um metro de comprimento e nada mais.

Os cabos desmesurados não permitiam que o braço levasse à boca o caldo suculento. Impossível era segurar as escaldantes colheres a não ser por uma pequena haste de madeira em sua extremidade. Desesperados, todos tentavam comer, sem resultado.

Até que um convidado, mais esperto, encontrou a solução e a mostrou aos demais.

Segurando a colher pela haste situada na extremidade, levou-a à boca do convidado que estava à sua frente, que pôde comer à vontade.

Todos imitaram o gesto e se saciaram, compreendendo, enfim, que a única forma de se alimentar, naquele magnífico festim, era um servindo ao outro.

[com base em texto de Alcira Castilho e na Red. do Momento Espírita]

Sempre há formas de sermos úteis à sociedade em que nos encontramos inseridos.

Dessa maneira, percebemos também que dependemos uns dos outros e que essa interdependência nos possibilita aprender e crescer infinita e constantemente.

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