
Só em 2022, o número de trotes recebidos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), em Guarujá, foi o equivalente a mais de um mês de atendimentos: dos 20 mil chamados no ano, 2.200 (11%) não foram para alguma situação de urgência ou emergência que levaria a sofrimento, sequelas ou até mesmo à morte. O trote aos serviços de emergência é um crime previsto pelo Artigo 266 do Código Penal Brasileiro, e o infrator pode pegar de um a seis meses de detenção.
Por conta da média mensal de 2 mil atendimentos, que chega a 7 mil durante a temporada, a equipe redobra a atenção para o Carnaval, em fevereiro. Por isso, a coordenadora do Samu Guarujá, Ana Paula Mormitto, pede que a população entre em contato com o Samu apenas em situações de emergência.
“Temos cerca de 60 atendimentos por dia, o que aumenta muito durante a temporada. Só que, com esse grande número de trotes, alguém que realmente precisa pode deixar de ser atendido por conta desse desvio de recurso. Vamos pensar que poderia ser um familiar nosso que ficou mal ou morreu porque uma equipe está empenhada em atuar em uma brincadeira de mau gosto”, alerta Ana Paula.
O Samu atende basicamente pacientes com perda de consciência, sintomas de AVC, vítimas de acidente de trânsito, que sofreram quedas de grandes alturas, em trabalho de parto, que tenham convulsão, surtos psicóticos, entre outras situações.
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