Metrópole

Conexão Metrópole aborda diferenças nos planos de saúde

13/03/2025 Joana Gianfaldoni
Reprodução

No Conexão Metrópole dessa quinta-feira (13), o advogado Fabrício Posocco discutiu as diferenças e desafios dos planos de saúde empresariais e coletivos, um tema que impacta diretamente muitos brasileiros. Em conversa com o apresentador Paulo Schiff, Fabrício explicou como a diferença entre os planos de saúde individuais e os empresariais vai além do tipo de contrato e afeta diretamente os custos para os consumidores.

Segundo Posocco, quando se fala em planos de saúde, há duas categorias principais: os planos individuais ou familiares, mais conhecidos pelo público em geral, e os planos empresariais ou coletivos, que são oferecidos por empresas e feitos por CNPJ. A grande diferença entre eles, como esclarece o advogado, está no preço – nos planos coletivos, geralmente, o valor pago inicialmente é mais acessível, mas o reajuste ao longo do tempo pode ser muito mais elevado.

De acordo com o Fabrício, a partir do primeiro “aniversário” do plano, surgem os principais problemas para os usuários de planos coletivos. Isso porque, ao contrário dos planos individuais, que possuem um controle de reajustes determinado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos empresariais ou coletivos não estão sujeitos a essa regulação. Eles têm seus reajustes baseados nas leis de mercado, o que significa que podem variar de forma inesperada e, muitas vezes, exorbitante.

O advogado também abordou o conceito do “falso coletivo”, um termo utilizado para descrever planos de saúde coletivos que, na prática, atendem um número muito reduzido de pessoas – normalmente 5 beneficiários. Segundo a última pesquisa da ANS, cerca de 6 milhões de pessoas estão vinculadas a esses planos, que, à primeira vista, oferecem vantagens econômicas, mas que ao longo do tempo se transformam em um grande obstáculo financeiro para os consumidores.

“Em um plano coletivo, as pessoas até têm uma vantagem no início, com valores mais baixos. No entanto, à medida que os anos passam e o volume de utilização do plano aumenta, esse benefício começa a se diluir e, em muitos casos, se transforma em prejuízo”, afirma Posocco. A sensação de que se está fazendo um bom negócio no início pode, portanto, se converter em um problema financeiro à medida que o tempo passa e os reajustes começam a pesar mais no bolso.

Amanhã, Paulo recebe a professora Drika Lucena, às 12H, ao vivo no canal do Jornal da Orla, o Orlaplay.