Com a decisão do governo federal de colocar a ligação seca entre os municípios Santos e Guarujá como uma obra prioritária – será o maior investimento do PAC 3 -, é consenso entre grandes empresários e autoridades da região de que a construção de uma nova pista de descida para caminhões ligando o Planalto ao Porto de Santos será fundamental para a economia do país.
Os números falam por si. Cerca de 70% das cargas que chegam ao Porto de Santos são transportadas pela pista de descida da Via Anchieta, haja vista que os caminhões não descem pela Imigrantes e apenas os 30% restantes chegam por trens.
Apesar da necessidade urgente da construção da segunda pista de descida para caminhões – vide os congestionamentos no sistema Anchieta-Imigrantes -, o governo do Estado ainda não assumiu esta obra imprescindível. Mas, por outro lado, tem mostrado sistematicamente que quer fazer o túnel, aportando, inclusive, recursos dos cofres estaduais.
O governo federal e a Autoridade Portuária já anunciaram que têm recursos destinados para fazer o túnel. Se o Estado quer ser parceiro da obra, pode, por exemplo, garantir apoio técnico e logístico, liberando licenças e dados do projeto do Dersa de 2014.
Sobrariam recursos, portanto, para o Estado dar início à construção da segunda pista de descida Planalto-Baixada, que é uma obra de sua competência e de grande importância para a economia brasileira.
Chegou a hora de se jogar luz nos debates sobre as obras do túnel e da segunda pista de descida da serra para caminhões.
