Política

Coimbra faz contas de olho em vaga na Câmara federal

29/03/2025 Marco Santana
Coimbra faz contas de olho em vaga na Câmara federal | Jornal da Orla

No gabinete do deputado estadual Matheus Coimbra (PL), assessores fazem contas para verificar as chances de ele conseguir uma vaga como deputado federal, em vez de disputar a reeleição. A avaliação é que, com a fuga de Eduardo Bolsonaro para os Estados Unidos (e caso ele não volte para tentar a reeleição ou disputar outro cargo), haverá uma montanha de votos de eleitores de direita à disposição.

Zambelli sem arma
Ao fazer a defesa enfática de Jair Bolsonaro, a deputada federal Rosana Valle (PL) parece querer se posicionar nas primeiras fileiras da extrema-direita, de olho no voto bolsonarista para sua reeleição ou emplacar uma candidatura ao Senado. Ou ser a vice na disputa para governador – seja Tarcísio candidato à reeleição ou não.

Bloco na rua
Com a benção do deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos de Santos, Fabrício Cardoso (Podemos), já começou a construir sua candidatura a deputado estadual.

Elas também…
Duas outras integrantes do primeiro escalão do governo devem disputar uma vaga na Assembleia Legislativa: a secretária de Educação e vice prefeita, Audrey Kleys (PP), e a secretária de Segurança Pública, Raquel Gallinatti (PL).

Na trave
Em 2022, as duas tiveram votações expressivas mas não se elegeram. Raquel teve 52.932 votos e é a primeira suplente e Audrey, que teve 50.028 votos, segunda suplente.

Por um fiapo
Está muito próxima de se concretizar a adesão de políticos do PSDB ao Podemos, cuja presidente nacional é a deputada federal Renata Abreu. Uma liderança do partido na Baixada Santista ouviu dela esta semana que a negociação “está por um fiapo”. Mal das pernas, os tucanos buscam um novo ninho. Entre as opções, além do Podemos, uma revoada para MDB, PSD ou Republicanos.

Nova opção em Mongaguá
O partido Novo anunciou a disposição de lançar a vereadora Adriana Jacó para disputar a nova eleição para a Prefeitura de Mongaguá.

 

SÓ SEI QUE FOI ASSIM…

 

Convivência forçada

Assim que se elegeu presidente do Sindicato da Administração Portuária (Sindaport), Benedito Furtado recebeu uma primeira visita inusitada: um jovem oficial da Marinha. Era 1981, o país ainda estava sob ditadura e os militares se metiam em tudo.

Sem meias palavras, o militar disse ao sindicalista o que ele devia e o que não podia fazer no comando da entidade. Furtado não se conteve e soltou os cachorros. Imaginou que seria preso, mas a ditadura já demonstrava sinais de fadiga.

A presença do militar no sindicato era constante: acompanha as assembleias e fazia relatórios. De vez em quando, Furtado era chamado à sede da Marinha, no Rio, para prestar esclarecimentos. Mas ficava por isso mesmo.

Com a convivência forçada, o sindicalista e o militar delimitaram suas áreas e foram tocando a bola de lado, até que a ditadura acabou, em 1985. O militar sumiu. Furtado foi reeleito seguidas vezes e ficou no cargo até 1993.