Auditores Fiscais da Receita Federal de todo o país estão paralisados desde hoje(29) em suas atividades nas alfandegarias. A previsão de retorno é apenas na próxima quinta(31). O Porto de Santos, e a Zona Secundária, relacionada à arrecadação de impostos, também estão paralisados. A categoria busca pressionar o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos para abrir mesa de negociação.

Não é a primeira vez que ocorrem paralisações este mês para a categoria, entre os dias 17 e 23 de outubro os auditores entraram em greve. Elas são motivadas pela quebra de acordo por parte do governo, mesmo com salários que podem chegar a R$30 mil.

Ainda nesta quarta, em Assembleia Nacional, a categoria deve decidir por novas medidas de mobilização. Foi assinado acordo, em abril deste ano, prevendo a instalação de mesa de negociação específica para tratar da reposição pela inflação dos vencimentos da categoria.

A paralisação pode afetar atividades que vão desde o controle do comércio internacional até projetos relacionados à reforma tributária, de acordo com Dão Real, diretor de assuntos internacionais e intersindicais do Sindifisco Nacional, que representa a categoria.

“Essa paralisação se dá porque o governo, desde 31 de julho, está inadimplente em relação a um acordo firmado com os auditores. Está na mão do governo a solução para esses problemas”, afirma.

Em 4 de julho, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) enviou ofício ao Sindifisco Nacional  informando que não mais seria instalada a mesa de negociação. Desde então, diversas reuniões envolvendo o sindicato, administração da Receita Federal e Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), já aconteceram, mas, até o momento, não houve algo concreto.

“Diante da inação do governo, só nos resta continuar com as paralisações. Mas, apesar disso, ressalto que a categoria permanece aberta à negociação”, afirma o presidente da Delegacia Sindical de Santos do Sindifisco Nacional, Auditor Fiscal Elias Carneiro Jr.

Nos dias de paralisação, cargas vivas, perigosas, perecíveis, medicamentos e alimentação de bordo continuarão sendo liberadas normalmente no Porto de Santos.