Fronteiras da Ciência

Sempre tem um lado bom

14/08/2021
Sempre tem um lado bom | Jornal da Orla

Marlene é uma senhora de sessenta e três anos de idade que, até há pouco, não sabia ler e escrever.

Na infância, precisou abandonar a escola para ajudar no plantio na propriedade rural da família.

Ao longo da vida, a vontade de aprender a ler e escrever não a deixou, mas as responsabilidades com a família fizeram com que sempre tivesse que adiar a concretização desse sonho.

Em decorrência da pandemia da COVID-19, Marlene viu sua rotina alterada de forma acentuada. 

A tristeza a envolveu por não lhe ser permitido visitar seus amados filhos e netos.

A filha, percebendo o estado emocional da mãe, passou a levar seu filho de sete anos, todas as tardes, para a casa da avó.

Eduardo tinha aulas “on-line”, nesse período. Dessa forma, seria possível unir as horas de estudo e fazer companhia para a avó.

Foi, então, observando os estudos do neto, que Marlene pensou que poderia aprender a ler.

Com o menino, começou a assistir as aulas e a fazer as lições. Logo, providenciou o seu próprio material escolar.

Os meses a transformaram numa aluna regular que, dedicada e atenta, participa das aulas.

Neto e avó, além do amor que os une, formaram uma dupla de estudantes dedicados.

[com base em texto do site www.sonoticiaboa.com.br e na Redação do Momento Espírita]

A pandemia trouxe profundas mudanças em nossas vidas. Mudanças das quais podemos buscar extrair o melhor.

Talvez o nosso não seja o caso de nos alfabetizarmos, porque as letras não são segredo para nós. No entanto, podemos nos dedicar a aprender algo que não saibamos. Escolher um curso que nos melhore a condição intelectual.

Ou que nos possibilite o aprimoramento da própria atividade profissional. Quem sabe, o aprendizado de outro idioma.

Podemos, ainda, estabelecer uma rotina em que nos dediquemos à leitura de livros há tanto tempo nos aguardando nas prateleiras.

Ou assistir bons filmes, que nos renovem a disposição de viver.

Existem tantas opções, dos mais variados gêneros.

Podemos pensar em renovar a pintura de um dos cômodos da nossa casa. Uma ideia que tínhamos há muito e não dispúnhamos de tempo para realizar.

O importante é termos um olhar diferenciado para este período que nos exige isolamento social e aproveitá-lo da melhor forma.

Podemos nos transformar em divulgadores do bem, servindo-nos das redes sociais para espalhar mensagens de esperança e bom ânimo, incentivando familiares, amigos e vizinhos a não esmorecerem, neste período.

Podemos participar de alguma campanha de auxílio ao próximo.

Em vez de nos sentirmos tristes, saibamos extrair desse contexto um novo e feliz olhar para a vida. Em vez de nos sentirmos tolhidos em nossas ações, aproveitemos estes momentos para reflexões sobre nós mesmos e nossa espiritualidade, transformando as restrições em acréscimo de aprendizado.

Busquemos extrair da situação oportunidades de melhoria própria.

Descubramos como tudo que nos acontece tem razões que contribuem para o nosso engrandecimento moral.

Se tivermos suficiente sabedoria, nos daremos conta de que de todas as circunstâncias da vida, por mais difíceis nos pareçam, podemos tirar belas lições.

Aprendamos com a vida e com tudo que nos acontece.

PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE