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Queratose pilar

27/02/2021
Queratose pilar | Jornal da Orla
  • COMO É CONHECIDA? 

– Com queixa de “bolinhas” na região posterior dos braços.;

– Com aparência de “pele de galinha arrepiada” ;

– Com aspecto de “área esbranquiçada”, arredondada;

– Com “sensação de lixa” ao toque;

– De “aspecto áspero”;

– Aparentando “pequenas espinhas ou foliculite”: se espremer, pode até sair uma massinha branca. Mas, não se deve cutucar e nem espremer, pois pode deixar cicatrizes e manchas na pele.

 

  • O QUE É? É uma anomalia da queratinazação nos folículos pilosos.

 

  • BIÓPSIA: É desnecessária. A histopatologia mostra hiperqueratose do óstio folicular com presença de espícula córnea.

 

  • MANIFESTAÇÃO: Pápulas córneas foliculares que dão a sensação de aspereza pela palpação.

 

  • LOCALIZAÇÃO: Principalmente nas superfícies extensoras das coxas, no terço superior dos braços e na face (porção lateral do rosto). podendo também acometer outras regiões nas formas severas.

 

  • OCORRÊNCIA: É um quadro extremamente frequente, tendo uma leve predominância em mulheres jovens

 

  • TRANSMISSÃO: Geralmente hereditário.

 

  • ASSOCIAÇÃO: Muitas vezes com ictiose (pele seca) e dermatite atópica.

 

  • VARIANTE: QUERATOSE PILAR ATROFIANTE (rolhas foliculares, eritema perifolicular e atrofia, que culmina com epilação cicatricial). Há 3 tipos:

 

  1. ATROFODERMIA VERMICULATA: se inicia após os 5 anos, nas regiões malares, com queratose folicular e inflamação perifolicular, culminando em atrofia, com aspecto em favo de mel.
  2. ULERITREMA OFRIÓGENES: condição semelhante acometendo a região medial e lateral das sobrancelhas
  3. QUERATOSE FOLICULAR ESPINULOSA DECALVANTE: queratodermia palmar e plantar moderada, hiperqueratose folicular que evolui para alopécia cicatricial do couro cabeludo, cílios e sobrancelhas, cutículas altas, distrofia corneana, fotofobia, espessamento da pele do pescoço e orelhas. de herança autossômica dominante ou recessivo ligado ao x.

 

  • SÍNDROMES: podem constituir manifestações de algumas genodermatoses como:
  1. SÍNDROME CARDIO-FÁCIO-CUTÂNEA.
  2. SÍNDROME DE NOONAN
  3. SÍNDROME IFAP

 

  • DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
  1. LIQUEN SPINULOSUS: crianças e em áreas localizadas
  2. PITIRÍASE RUBRA PILAR: tem múltiplas localizações, eritema e pápulas características no dorso das mãos.
  3. FRINODERMA: ocorre queratose pilar generalizada, juntamente com outros sinais de avitaminose a.

 

  • TRATAMENTO:

 

  1. HIDRATANTES: Primeira opção de tratamento, eles hidratam e protegem a pele. ativos como ureia, ácido láctico (lactato de amônio) em loções ou cremes.

 

  1. CORTICÓIDE: Modifica ou simula efeitos hormonais, muitas vezes a inflamação ou reduzir o crescimento e a reparação tecidual.

 

  1. DERIVADO DE VITAMINA A: Desobstrui folículos capilares bloqueados e ajuda a evitar a formação de novas obstruções, além de retardar o crescimento de células da pele.

 

  1. ÁCIDO RETINÓICO: Tretinoína a 0,1%. Cremes com ácidos devem ser evitados em crianças por causarem sensação de queimação e ardor.

 

  1. ÁCIDO GLICÓLICO: Com ação queratolítica e hidratante.

 

  1. CERATOLÍTICOS: Como o ácido salicílico causando uma esfoliação, vaselina salicilada a 3% gel de ácido salicílico a 6%

 

  1. DERMOBRASÃO: Alisamento cirúrgico da pele com uma lixa fina

 

  1. PROTETOR SOLAR: Ajuda a hidratar e a não manchar as lesões escoriadas

 

  1. LASER: Como a luz intensa pulsada e o laser de Nd Yag ajuda a tratar o eritema facial e as cicatrizes.

 

  1. PEELING: Para uma esfoliação da pele e desentupimento dos óstios foliculares, com melhora final do relevo e manchas cicatriciais da pele.

 

Consulte o seu dermatologista associado a SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA para fazer o diagnóstico correto, te tranquilizar, (pois não precisa de biópsia) e te indicar o melhor tratamento no seu caso (que na maioria das vezes consiste basicamente em hidratação).


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