
Após as fortes chuvas que atingiram a Baixada Santista nos últimos dias, os morros de Santos seguem em alerta para deslizamentos. Nesta quarta-feira (4) foi localizado o corpo de uma vítima no Morro do Tetéu. Na terça, já haviam sido confirmadas as mortes de um idoso, no Pacheco, e de uma mulher, também do Tetéu. O Corpo de Bombeiros coordena as buscas por outras pessoas seis desaparecidas em três morros da Cidade. Desde o ano 2000, a Cidade não registrava morte em decorrência de deslizamento de terra.
A situação mais crítica ocorre no São Bento, onde cinco pessoas de uma mesma família – dois adultos e três crianças – ainda não foram localizados. Também é considerado desaparecido um adulto, no Morro do Tetéu.
A Defesa Civil de Santos atendeu na terça-feira mais de 120 chamados provenientes de todos os morros da Cidade. Do Morro São Bento partiu o maior número de solicitações. Outros morros bastante afetados pela chuva foram Caneleira, Fontana, Santa Maria, Pacheco e Saboó.
Na Santa Casa, uma criança de 7 anos segue internada na UTI Pediátrica. No mesmo hospital, um adulto de 43 anos, com politraumatismos, foi internado em enfermaria e tem estado de saúde regular. Por volta das 16h, deu entrada na unidade uma criança de 2 anos, do Morro São Bento, com politraumatismos. Ela está sendo avaliada pela por equipe multiprofissional e tem estado considerado regular.
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, uma mulher de 48 anos, moradora do Morro do Saboó, passou por avaliação médica, exames de raio-X e não foram encontradas fraturas. Com escoriações leves, ela teve alta no início da manhã. Outras duas mulheres, uma de 52 anos e outra de 73 anos, ambas do Morro São Bento, foram levadas para avaliação, mas não possuíam ferimentos.
Para maior agilidade de possíveis atendimentos, desde o início da noite, a SMS mantém uma UTI Móvel na Policlínica do Morro da Nova Cintra.
Estado de emergência
A cidade está sob estado de emergência decretado pela Prefeitura. A Defesa Civil realiza trabalho de remoção dos moradores das áreas de risco para preservar vidas. Mais de 100 moradias devem ser desocupadas em sete morros.
“Ampliamos as áreas de risco e vamos realizar busca ativa nos morros, recomendando que as famílias desocupem as residências indicadas pela Defesa Civil. Temos abrigos já abertos, com lugares disponíveis, e estamos planejando abrir novos equipamentos, como escolas, vilas criativas e quadras esportivas. Não vai faltar vaga”, informa o prefeito Paulo Alexandre Barbosa.
Caso seja necessário, será fornecido transporte para o deslocamento dos moradores, com auxílio para quem necessita levar utensílios domésticos.
Foto: Susan Hortas/PMS
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