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Resenha da semana: Vingadores: Ultimato

27/04/2019
Resenha da semana: Vingadores: Ultimato | Jornal da Orla

O que a MARVEL fez para a indústria de cinema de Hollywood não tem precedentes e mostra, com Ultimato, que atingiu o ápice não só de seu universo compartilhado mas para o cinema como um todo. Foram necessários diversos filmes para apresentar ao público todos os heróis de maneira aprofundada e em 2012, decidiram reunir todos eles no primeiro Vingadores, que foi um marco do cinema e da cultura pop e que provou ser possível reunir diversos astros em um blockbuster arrasador. Após 11 anos, 22 filmes e uma era brilhantemente orquestrada pelo estúdio, tudo o que vimos até então foi interligado para nos trazer até este Vingadores: Ultimato. E como diz Robert Downey Jr. com seu icônico Homem de Ferro, "parte da jornada é o fim".

 

Após Thanos eliminar metade das criaturas vivas, os Vingadores precisam lidar com a dor da perda de amigos e seus entes queridos. Com Tony Stark (Robert Downey Jr.) vagando perdido no espaço sem água nem comida, Steve Rogers (Chris Evans) e Natasha Romanov (Scarlett Johansson) precisam liderar a resistência contra o titã louco. O filme é mais uma vez dirigido pelos talentosos irmãos Russo, que já trabalharam em 4 filmes da franquia e acertadamente abrem Ultimato nos relembrando do estalar de dedos de Thanos e suas consequências. Mostrando-se muito a vontade na direção, os irmãos trazem um raro tom melancólico ao universo, que acaba funcionando por levar até o mais cascudo dos fãs às lágrimas pela inevitável abordagem que o longa tem que tomar, lidando com remorsos e perda. A direção dos irmãos nas cenas de ação continua empolgante e criativa, com destaque para a batalha final, que apresenta absolutamente todos os heróis juntos em uma das mais épicas e empolgantes cenas de ação do cinema recente, igualando as batalhas da trilogia Senhor dos Anéis. O roteiro, escrito pela dupla Christopher Markus e Stephen McFeely, trabalha muito bem o efeito da derrota em cada um dos personagens e como lidam com o fracasso por terem perdido a batalha. O trabalho dos roteiristas é ágil e faz com que as três horas de duração passem voando com uma excelente dinâmica entre personagens e transitando entre drama e humor de maneira satisfatória, mesmo me incomodando com piadas fora de tempo. Ainda que o roteiro consiga dar destaque e desenvolver bem o restante dos Vingadores, os verdadeiros protagonistas deste universo são definitivamente Tony Stark e Steve Rogers, que são cheios de camadas e cada um com seu arco dramático e dramas pessoais muito bem trabalhados.

 

Tecnicamente, o filme mantém a qualidade de Guerra Infinita com diversos momentos marcantes e esteticamente impecáveis, seja com seus efeitos visuais e sonoros, sua grandiosa trilha sonora e a já citada impecável batalha final.

 

Todos os atores estão comprometidos em seus papéis, mas é impossível não destacar o trabalho do carismático Robert Downey Jr, que foi o precursor deste universo, com Homem de Ferro em 2008, e que teve um dos arcos mais interessantes nestes 11 anos ao passo que Chris Evans abraça por completo o Capitão América, sendo os dois, os grandes pilares deste Universo.

 

Vingadores: Ultimato é a conclusão de uma aposta sem precedentes no cinema e tudo o que todos os fãs aguardaram durante mais de uma década. Ele é épico, emocionante e uma experiência cinematográfica única que deixa em aberto novas e empolgantes possibilidades com o futuro da série. Avante, Vingadores!

 

Curiosidades: Com o total de 3 horas e 1 minuto, Vingadores: Ultimato (2019) não é apenas o filme mais longo já produzido pela Marvel Studios, como também é o filme de super herói mais longo já lançado nos cinemas.
 

 

 

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