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PPS abandona Marina e fecha com Alckmin

14/07/2018 Jornal da Orla
PPS abandona Marina e fecha com Alckmin | Jornal da Orla

O Presidente do PPS, Roberto Freire, confirmou nesta sexta-feira (13) que seu partido decidiu optar pelo tucano Geraldo Alckmin, na corrida presidencial, abandonando de vez a virtual candidata da Rede, Marina Silva. Segundo Freire, o ex-governador de São Paulo é o pré-candidato que mais “tem chances de crescer” durante a disputa eleitoral.

O presidente do PPS enalteceu Marina Silva, mas disse que falta a ela “senso de realidade” numa disputa política. “Marina tem dificuldades de juntar forças políticas para se viabilizar. Ela fica excluindo determinadas lideranças. E como é que vamos fazer? Vamos entrar numa disputa com ideal olímpico?”, questionou. Roberto Freire disse que é necessário para o país derrotar forças políticas tanto à direita como à esquerda, e que Marina Silva era “refratária” a isso.

Mais tempo de TV
Agora já são quatro partidos políticos que estão fechados com Alckmin na corrida presidencial: além do PPS, integram a coligação o PV, PTB e PSD, o que garante ao candidato tucano um bom espaço no programa eleitoral de rádio e televisão. E é justamente nisso que Alckmin aposta para começar a crescer nas pesquisas. 

O tucano está atualmente em quarto lugar na disputa, segundo as pesquisas, com índices que oscilam entre 7% e 8% de intenção de voto. Na liderança está Jair Bolsonaro, seguido por Ciro Gomes e Marina Silva.

Nas pesquisas em que tem seu nome colocado, Lula aparece em primeiro lugar, mas ele deverá ser declarado inelegível pela Justiça Eleitoral por ser considerado ficha suja, de acordo com a lei aprovada e sancionada pelo próprio Lula quando era presidente.

Pesquisas de ponta cabeça
Depois de ter conquistado o apoio de quatro partidos políticos, Geraldo Alckmin agora trabalha para formalizar aliança com o Democratas. “Se depender de mim estaremos juntos”, afirmou o governador em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

Alckmin se diz convencido de que as pesquisas vão virar “de ponta cabeça” a partir do início do programa eleitoral no rádio e na tv, e dos debates, quando os candidatos terão oportunidade de apresentar seus projetos e propostas para o país.

“Temos um diferencial, que é o que fizemos, pois entre o falar e o fazer na política existe um abismo. Como ex-governador dá para mostrar o que foi feito”, afirmou Alckmin.

Desafios
Para o tucano, no entanto, quem chegar à presidência terá de enfrentar inúmeros desafios. “É o sexto ano de déficit primário, com a dívida pública do governo passando os R$ 5 trilhões, chegando a mais de 75% do PIB. Não é um quadro simples. Mas quem for eleito vai ter mais de 50 milhões de votos e a legitimidade disso é muito grande para poder implementar rapidamente as reformas”.