
Apesar de reiteradas campanhas, há ainda pessoas que resistem em tomar a vacina contra a gripe, uma atitude que pode colocar a vida em risco, como alertam as autoridades de saúde.
"A vacinação contra o vírus Influenza é fundamental para evitar complicações decorrentes da gripe, otites e sinusites. É importante deixar claro que a vacina não provoca gripe em quem tomar a dose, já que é composta apenas de fragmentos do vírus que causam a devida proteção, mas são incapazes de causar a doença", explica Helena Sato, diretora de Imunização da Secretaria Estadual da Saúde.
A campanha este ano teve início no dia 23 e prossegue até 1º de junho em todo território nacional. Em Santos, a vacina está sendo aplicada nas policlínicas, de segunda a sexta-feira, das 9 às 16h. O Dia 'D' acontecerá em 12 de maio, um sábado. A expectativa é imunizar pelo menos 90% do público alvo no município, que é formado por mais de 129 mil pessoas.
A primeira etapa é voltada a pessoas com 60 anos ou mais, profissionais de saúde e população indígena. No dia 2 de maio começam a ser vacinadas as crianças na faixa etária a partir de seis meses e menores de cinco anos, gestantes e puérperas com até 45 dias após o parto. No dia 9 de maio, a vacinação se estende para professores e pacientes com doenças crônicas, como asma, diabetes, hipertensos, doenças imunossupressoras e outras.
Para se vacinar é preciso apresentar documento de identificação com foto ou certidão de nascimento (no caso de crianças), além de crachá ou documento de identificação profissional (professores e trabalhadores da saúde e do sistema prisional) e declaração ou receita médica dos últimos três meses para comprovar a doença crônica ou condição especial. Se tiver, também é recomendado levar carteira de vacinação e Cartão SUS.
Não há risco, garante o Ministério
De acordo com o Ministério da Saúde, a imunização não oferece nenhum risco ao público e é a única forma de se proteger com o vírus causador da gripe. A vacina é produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, que neste ano disponibilizou 60 milhões de doses ao Ministério da Saúde para a realização da campanha em todo o Brasil. A dose protege contra os vírus A (H1N1), A (H3N2) e B (Yamagata), seguindo recomendação da Organização Mundial de Saúde.
Conforme preconiza o Ministério da Saúde, somente casos de gripe grave, caracterizados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), independentemente do tipo, são de notificação obrigatória no Brasil. Em 2018, até o momento, foram notificados 65 casos de SRAG no Estado de São Paulo atribuíveis ao vírus Influenza, causador de gripes, e 11 óbitos. Em 2017, foram 1.021 casos e 200 óbitos, cerca de metade relacionados ao H3N2 – 562 casos e 99 mortes.
Importante saber
O que causa a gripe – A gripe é causada pelo vírus Influenza e pode atingir o sistema respiratório. O vírus influenza pode ocorrer em surtos ao longo do ano, mas é mais frequente no inverno ou em períodos mais frios. A vacina é produzida com o vírus morto, portanto não provoca a doença.
Diferença entre gripe e resfriado – A gripe é causada pelo vírus Influenza, enquanto o resfriado pelo rinovírus. As diferenças se apresentam basicamente pela agressividade dos sintomas, que são bem mais fortes no caso de gripe.
Sintomas e transmissão- Tosse seca, fadiga, febre alta, coriza e dor muscular. No caso desses sintomas, procure um médico. A transmissão acontece quando a pessoa contaminada libera secreções ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos. Também quando tocar em superfícies recém-contaminadas e levar à boca, nariz e olhos.
Contraindicação – A vacinação é contraindicada para pessoas alérgicas a ovo e crianças menores de 6 meses.
Outras medidas de prevenção – Mantenha os ambientes ventilados ao máximo; Tome cuidado para não colocar a mão na boca e no nariz sem que esteja devidamente higienizada com sabão e álcool em gel; Evite o contato muito próximo com pessoas doentes; Utilize lenço descartável para higiene do nariz; Cubra o nariz e a boca quando tossir ou espirrar.
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