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Polícia Federal prende Celso Grecco, da Rodrimar, e outros amigos de Temer

31/03/2018 Jornal da Orla
Polícia Federal prende Celso Grecco, da Rodrimar, e outros amigos de Temer | Jornal da Orla

O temor do empresário Celso Grecco se concretizou na manhã de quinta-feira (29), quando agentes da Polícia Federal o prenderam em sua casa em campo, na aprazível cidade de Monte Alegre do Sul. 

A amigos, ele confidenciava que já não dormia direito desde que o escândalo envolvendo a sua empresa, a Rodrimar, e o presidente Michel Temer tomaram conta dos noticiários dos jornais, rádios e TVs de todo o Brasil. 

Além de prender Grecco, cumprindo mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro do STF, Luiz Roberto Barroso, a Polícia Federal fez buscas na sede da empresa, no Centro de Santos e na sua residência – um apartamento de frente ao mar, na praia do Gonzaga.

A prisão de Celso Grecco é resultado do inquérito que apura o pagamento de propina a Michel Temer, em troca de favorecimento a empresas num decreto que prorroga concessões de áreas no Porto de Santos. 

Na mesma operação, batizada de Skala, também foram presas quatro pessoas extremamente próximas de Michel Temer: o advogado José Yunes, seu amigo há mais de 30 anos; o empresário (?) João Batista Lima Filho (Coronel Lima); o ex-presidente da Codesp Wagner Rossi; e Milton Ortolan, que já ocupou diversos cargos públicos por indicação de Temer.

 

Pessoal da Libra também 
Também foram presos quatro executivos da Libra Terminais: Celina Borges Torrealba, Rodrigo Borges Torrealba, Ana Carolina Borges Torrealba e Gonçalo Torrealba.

 

Siga o dinheiro
Ao sustentar sua decisão, o ministro Luis Roberto Barroso destacou uma planilha contábil no inquérito 3105/STF com a sigla MT. Segundo ele, "a sigla "MT" permite supor que recursos das empresas Libra, Rodrimar e Multicargo eram entregues ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Michel Temer".

O inquérito investiga corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Todos os acusados negam.