Porto

Governo Federal investirá nas obras da entrada da Cidade e da Av. Perimetral

02/02/2018
Governo Federal investirá nas obras da entrada da Cidade e da Av. Perimetral | Jornal da Orla

Recursos federais de cerca de R$ 50 milhões para a continuidade das obras da Avenida Perimetral e previsão de 45 dias para abertura de licitação para contratação do projeto executivo das obras da entrada da Cidade. Os investimentos foram anunciados pelo ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintela Lessa, nesta sexta-feira (2), durante lançamento do projeto Hidrovia da Baixada Santista Modal Logístico e da entrega das obras de recuperação e reforço estrutural do cais localizado entre os armazéns 12A e 23. 

A cerimônia, que fez parte das comemorações pelo 126° aniversário do Porto de Santos, foi realizada no Hotel Parque Balneário, Gonzaga, reunindo autoridades federais, estaduais e municipais, forças militares e representantes de associações, sindicatos e empresas ligadas à área portuária.  

“A União garantiu os recursos no orçamento 2018 para a continuidade da obra na Perimetral, integrando o Programa Avançar, prioridade do governo. Também aguardamos decisão da Justiça sobre a questão da dragagem, para que possamos iniciá-la. E garantimos o cumprimento da parte do Governo Federal no acordo com Município e Estado para a melhoria do acesso na entrada da Cidade. Temos consciência da importância deste Porto, por onde passa 28% da nossa balança comercial”, afirmou o ministro.  

Novo acesso ao Porto, hidrovia prevê 151 milhões de toneladas de carga para 2020 
Durante o evento foi lançado o Projeto Hidrovia da Baixada Santista Modal Logístico, apresentado pelo presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Alex de Oliva. Trata-se de iniciativa estratégica para criação de novos acessos ao complexo portuário santista e cujas projeções de demanda apontam para movimentação de 151 milhões de toneladas de carga para 2020, segundo a Autoridade Portuária. 

Com potencial de cerca de 200 quilômetros de vias navegáveis situadas no entorno do complexo, a hidrovia estimulará a criação de terminais multimodais na região, impulsionando o surgimento de uma plataforma logística, promovendo o tráfego de cargas com custo menor, mais eficiência, segurança e menor impacto ambiental, reduzindo o custo logístico e descongestionando os demais acessos.

“Este é um projeto inédito na América Latina para aumentar a capacidade do Porto. São 17km estratégicos, onde teremos uma plataforma logística recebendo veículos vindos pelo modal ferroviário e rodoviário, transferindo para barcaças e chegando ao terminal. Queremos a multimodalidade e a integração dos modais. O novo acesso é sem congestionamento, com calado tranquilo e com barcaças com até 3,5m, 4m, sem necessidade de dragagem”, explicou Oliva.

O prefeito Paulo Alexandre Barbosa destacou a importância da hidrovia como meio de transporte. “Ele é utilizado no mundo inteiro e ainda não temos essa cultura no Brasil. É fundamental, pelas características da região, que possamos potencializar esse modal hidroviário, que é de baixo custo, menos poluente e que, com certeza, agregará mais valor ao Porto e à Cidade”. 

O ministro ratificou: “Esses primeiros 17km vão tirar mais de 350 caminhões de circulação no entorno do Porto e de dentro da Cidade. Sem gargalos, sem transtornos logísticos e urbanos. Investimento em hidrovia é fundamental para o País”.

 
Obras no cais entre os armazéns 12-A e 23  
A Codesp também entregou a recuperação e reforço estrutural do cais localizado entre os armazéns 12-A e 23 do Porto. A obra, numa extensão de 1,7 mil metros, vai permitir o aprofundamento dos berços de atracação naquele trecho (Paquetá), adequando para a profundidade do canal de navegação, dragado para 15m em 2012. 

Iniciada em 2014, consistiu no reforço das estruturas, com injeção de concreto na base do cais e perfis metálicos, além da recuperação de estacas e lajes eventualmente avariadas. Com o término dos serviços, os berços de atracação poderão ser dragados permitindo a chegada de navios maiores, com ganho de escala e produtividade para os terminais que se situam naquele ponto. 

Serão beneficiados movimentadores de carga geral, produtos químicos, grãos e exportadores de açúcar responsáveis por 75% do market share do Porto de Santos – este número faz do local o maior complexo mundial de exportação da commodity. 

O projeto executivo foi cedido à Codesp pelos principais terminais instalados nesse trecho – Terminal 12-A, Rodrimar, Rumo Logística, Cosan, Copersucar e Pérola. A obra foi concluída em dezembro e teve execução de 22 meses, com valor total de R$ 229 milhões, com recursos federais.