
Começa no dia 3 de janeiro a obra para minimizar a erosão e os danos causados pelas ressacas na Ponta da Praia. Em reunião realizada nesta quinta-feira (28) na Codesp, com a presença do diretor-presidente José Alex Botelho de Oliva, do prefeito Paulo Alexandre Barbosa e do promotor de Justiça do Meio Ambiente, Daury de Paula Junior, a companhia informou que não tem objeção à execução do projeto.
O projeto piloto consiste na construção de uma barreira formada com bags de tecido geotêxtil preenchidos com areia da praia. Para realizar a obra, nesta semana a Prefeitura obteve respostas positivas de mais dois órgãos.
No dia 26 de dezembro, a Marinha informou em documento que não se opõe ao projeto em relação à segurança da navegação e ao ordenamento do espaço aquaviário, e recomendou a instalação de sinalização náutica no local. Portaria 24/2017, da Secretaria de Patrimônio da União, publicada nesta quinta-feira (28) no Diário Oficial da União, autorizou a Prefeitura a iniciar o projeto piloto.
Como será
Serão montadas duas estruturas submersas: uma a partir da mureta da orla, na altura da Rua Afonso Celso de Paula Lima, que segue mar adentro por 275 metros, e outra paralela ao muro, em direção ao Canal 6, com 240 metros de extensão.
Para o preenchimento dos bags serão necessários 7 mil metros cúbicos de areia, material que já começou a ser retirado do Canal 2 e depositado no trecho entre o Canal 6 e o Aquário. Será necessário interditar um trecho da faixa de areia para garantir a segurança dos frequentadores da praia.
A obra custará R$ 2,9 milhões, recurso liberado pelo Ministério Público Estadual e que é resultado de multa ambiental por acidente ocorrido no Porto de Santos. O valor já está depositado no Fundo Municipal de Meio Ambiente e definido para este fim.
O projeto piloto é embasado em nota técnica desenvolvida pelos professores Tiago Zenker Gireli e Patrícia Dalsoglio Garcia, da Unicamp, e que foi disponibilizada para a Prefeitura por intermédio de convênio sem custos para a Administração. Por se tratar de modelo físico montado em tamanho real e no local, além de reduzir a energia das ondas, também servirá para ampliar conhecimentos que indicarão intervenções definitivas para conter o processo erosivo acentuado nos últimos anos.
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