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Foco e equilíbrio para não comprometer a dieta neste Natal!

23/12/2017 Da Redação
Foco e equilíbrio para não comprometer a dieta neste Natal! | Jornal da Orla

Nesta época de festa e fartura fica difícil resistir às muitas gostosuras que compõem a mesa do Natal e do Ano Novo. E aí é que mora o perigo. O cardápio extremamente calórico característico deste período junta-se aos excessos na comida, gorduras, doces e bebidas alcoólicas, o que pode comprometer todo o esforço de um ano inteiro para manter a forma e representar alguns quilos a mais na balança. É preciso ter disciplina e foco para aproveitar os festejos sem grandes sacrifícios.

De acordo com o médico Joaquim Guimarães Neto, especialista em cirurgia bariátrica, as pessoas devem ficar atentas à quantidade e à qualidade dos pratos. Seu conselho é diminuir a quantidade de alimento a ser ingerido e, na medida do possível, combinar os pratos mais calóricos e elaborados com saladas variadas, pois promovem a sensação de saciedade. 

"Na preparação dos alimentos substitua os produtos convencionais por lights e evite as frituras. Dê preferência aos assados e grelhados. Para a sobremesa, abuse nas frutas", diz o médico, lembrando que esta época do ano é bastante delicada principalmente para pessoas que foram submetidas à cirurgia bariátrica. 
 

Guarde os alimentos de forma correta
Os riscos de intoxicação alimentar durante este período de forte calor também são frequentes. Nada de deixar a comida na mesa por muito tempo. Segundo Joaquim Neto, o ideal é deixar os alimentos aquecidos a 70ºC ou dentro da geladeira. "Em temperatura ambiente pode haver o crescimento de bactérias ou de suas toxinas, que causam diarréia e vômito", alerta.

 

Modere no álcool
A ingestão de bebida alcoólica também é um problema durante as festas e pode trazer consequências de impacto. "A ingestão de alimentos antes é muito importante para evitar o risco de glicemia e para a famosa ressaca o ideal é hidratar o corpo com água e sucos. Uma boa atividade física no dia seguinte só trará resultados positivos", orienta o cirurgião.

 

Paciente bariátrico
Neste caso, a atenção deve ser redobrada quando o assunto é bebida alcoólica, já que a ingestão pode levar à inflamação do estômago operado. "Além disso, se o paciente beber em excesso ficará embriagado mais precocemente, pois o álcool é absorvido mais rápido no paciente submetido à derivação gástrica", explica o médico. Segundo ele, nos últimos cinco anos o número de cirurgias de redução de estômago aumentou quase 90% no Brasil.

 

Mexa-se!

A recomendação principal da nutricionista Roberta Lima para este período é não deixar de fazer atividade física. "Quando a ingestão calórica é maior, é necessário que o gasto calórico também seja maior para manter a balança equilibrada, minimizando os efeitos dos exageros de final de ano", diz.

Outra dica é manter as refeições de forma regular ao longo do dia para não chegar na hora da ceia com muita fome. "Comece a refeição por uma salada, que é bastante rica em fibras e oferece saciedade", orienta. Faça também substituições para tornar receitas calóricas (como farofa, carne de porco e salpicão) mais saudáveis. "Troque o creme de leite por iogurte, as preparações fritas por assadas, a farinha de mandioca industrializada por farinha de oleaginosas e a batata por batata doce ou aipim nos acompanhamentos", sugere.
 

Um cenário preocupante

• O Brasil está em 5º lugar no ranking mundial da obesidade. 60 milhões de brasileiros estão acima do peso e cerca de 22 milhões são considerados obesos.
• Segundo projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015 em todo o mundo, cerca de 2,3 bilhões de adultos vão estar com sobrepeso e mais de 700 milhões serão obesos.
• A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comumente é o do índice de massa corporal (IMC). O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. Para ser considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30.
• Nos últimos cinco anos, o número de cirurgias de redução de estômago aumentou quase 90% no Brasil.