Da Vila Mathias para toda Santos. No ano passado, 3.498 placas de sinalização do sistema viário local foram substituídas por estarem desgastadas pela ação do tempo ou danificadas por acidentes, vandalismo ou, ainda, terem sido furtadas. Em todos os casos, a solução foi encontrada dentro da própria Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos), na fábrica de placas que funciona na sede da companhia.

No setor, quatro funcionários se encarregam da confecção e recuperação dos diversos tipos de placas. A produção de novas unidades se dá a partir de chapas de fibra de vidro e com dois tipos de técnicas: silk-screen e adesivagem de película para as peças autorefletivas. A segunda vem sendo empregada gradativamente pelos modelos mais necessários para projetos de segurança no trânsito implementados pela companhia. Começou com as de indicação de ‘Pare' e, momento, se concentra nas de sinalização de ‘mão única de direção’.

"As placas autorefletivas, de mais visibilidade no trânsito, têm custo maior e por isso, não é possível mudar todas de uma vez. Por outro lado, a durabilidade delas é muito maior, de até sete anos, enquanto as comuns resistem em geral dois anos", destaca Davi Anderson Alécio de Oliveira 20 anos de CET, 19 deles na fábrica. Ele coordena e também realiza os serviços na unidade junto com mais três funcionários. Pela malha viária da Cidade há cerca de 36 mil placas.

Reciclagem
Até mais que na confecção de peças novas, o processo de recuperação de placas é minucioso. Envolve lavagem, lixamento, pintura ou aplicação da película refletiva e adesivagem de símbolos e letras nas cores preto e vermelho – confeccionados em duas máquinas Plotter na própria unidade de serviço.

O trabalho inclui, ainda, a reciclagem de braquetes e braçadeiras, utilizados na fixação das placas. Cerca de 90% do material recolhido pelas equipes de rua da empresa é reformado na fábrica, o que reduz gastos. Para a substituição das 3.498, em 2016, foram despendidos cerca de R$ 325 mil.